valter campanato ag brasilO ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, que foi muito criticado por encher os cofres da Rede Globo quando era Ministro das Comunicações e que também foi chamado pela revista Veja de “o bom petista”, foi preso preventivamente na manhã de hoje (23), em Brasília, durante a Operação Custo Brasil da Polícia Federal, um desmembramento da Operação lava Jato, obviamente, visto que é um petista.

Desde Fernando Collor, o caçador de marajás, em 1989, passando por Demóstenes Torres (ex-DEM), em 2012, a revista Veja só elogia políticos que estão ou serão envolvidos em corrupção.

A Operação, comandada por Sérgio Moro e procuradores do Paraná, continua sua saga em todos os caminhos para investigar o Partido dos Trabalhadores. Para se ter uma ideia, essa semana Sérgio Moro não conseguiu encontrar a mulher do deputado Eduardo Cunha (PMDB), que continua livre.  Impressionante.

O ministro, que enterrou a regulamentação da mídia, deverá ser conduzido para São Paulo. Ele é investigado, segundo a PF, em um esquema de pagamento de propina mais de R$ 100 milhões para diversos funcionários públicos e agentes políticos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, entre os anos de 2010 e 2015.

“[O objetivo era] permitir que uma empresa de tecnologia fosse contratada para a gestão de crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos”, informou a PF. “A referida empresa repassou mais de 70% de seu faturamento líquido para outras empresas, mediante simulação de contratos de emissão de notas fiscais simuladas, com o único intuito de manter o esquema em funcionamento”, acrescentou a PF em nota. Além de Paulo Bernardo, mais duas pessoas foram presas preventivamente no Distrito Federal e também serão levadas para a Polícia Federal em São Paulo.

O advogado do ex-ministro, Rodrigo Mudrovitsch, confirmou a prisão preventiva e afirmou não ver motivo para que seu cliente fosse preso. “A prisão não se justifica. O meu cliente não ocupa mais nenhuma função e sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.”

Paulo Bernardo foi ministro do Planejamento do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre março de 2005 e janeiro de 2011. No governo da presidenta afastada Dilma Rousseff, ele passou a comandar a pasta das Comunicações, onde permaneceu até janeiro de 2015. Paulo Bernardo é casado com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

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Previdência

Os quatros mandados de condução judicial no Distrito Federal – entre eles, o do ex-ministro da Previdência Carlos Gabas – não foram cumpridos até o momento. O despacho da 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo não obriga o depoimento.

Brasil 247

O jornalista Leonardo Attuch, responsável pelo site jornalístico Brasil 247, é um dos que prestam esclarecimentos à PF. “Attuch foi convidado a prestar depoimento judicial, o que será atendido de forma voluntária e espontânea. As solicitações da Polícia Federal estão todas sendo atendidas de forma voluntária”, afirma o site, ao acrescentar que os investigadores apuram dúvidas a respeito de um contrato entre a editora e a empresa Jamp Engenheiros Associados. “A Editora 247 considera esta uma boa oportunidade para esclarecer quaisquer dúvidas relacionadas a sua atividade empresarial e jornalística.”

Pernambuco

Os policiais federais estão cumprindo 11 mandados de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução judicial nos estados de São Paulo, do Paraná, Rio Grande do Sul, de Pernambuco e no Distrito Federal, segundo a 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.

Em Pernambuco, três equipes cumprem três mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos bairros de Ilha do Leite, Jaqueira e Boa Viagem. As prisões são de dois empresários. O material apreendido no estado e as pessoas detidas serão levadas para São Paulo. Os nomes dos presos não foram informados. (Carta Campinas e Agência Brasil)