lucio bernardo jr ag camara guilherme campos jrO ex-deputado por Campinas, Guilherme Campos Júnior (PSD), que foi nomeado dia 09/06 por Michel Temer como presidente dos Correios, é investigado pela Polícia Federal por falsificação de assinaturas. A investigação tramita em segredo de Justiça e apura a falsificação de assinaturas de eleitores para a criação do PSD em 2011.

‘O PSD foi oficialmente criado em 2012 durante um processo liderado pelo então prefeito de São Paulo e atual ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicações Gilberto Kassab. Para que um partido seja criado, entre outros requisitos, é necessário que a nova legenda consiga o apoio de 0,5% do total do eleitorado registrado no Brasil. Esse apoio precisa ser feito por meio de assinaturas que, para terem validade, precisam ser posteriormente verificadas pela Justiça Eleitoral dos Estados de onde elas são provenientes’, informa o Portal Uol.

Mas durante a criação do partido, em 2011, o MPE-SP (Ministério Público Eleitoral de São Paulo) abriu um inquérito para apurar as suspeitas de que algumas das assinaturas remetidas à Justiça Eleitoral para embasar o pedido de registro do novo partido eram falsas.

Segundo os promotores, o Partido teria utilizado de assinaturas de pessoas que haviam morrido anos antes da criação do partido. Gilberto Kassab disse à época que a existência de assinaturas de eleitores mortos na lista de apoio ao PSD era uma “imperfeição”.

‘O inquérito contra Guilherme Campos Júnior tramitou no STF (Supremo Tribunal Federal) entre 2012 e 2015, período no qual ele exerceu o mandato de deputado federal pelo Estado de São Paulo. Nesse período, a PGR (Procuradoria Geral da República) pediu para que Guilherme Campos Júnior prestasse depoimento e solicitou a verificação das assinaturas de 10 eleitores. Os dados coletados pela PGR foram remetidos à Justiça Eleitoral de São Paulo em fevereiro de 2015, depois que Campos Júnior não conseguiu se reeleger nas eleições de 2014 e, consequentemente, perdeu o foro privilegiado.’
Segundo o portal, Guilherme Campos, negou as irregularidades.