Por Eli Fernandes
É ridículo, no entanto, o papel de repórteres que nada significam sem o “sobrenome” da redação para a qual trabalha. Saem pelo mundo comprando briga e fazendo inimizades ao defenderem um ponto de vista que nem é o do patrão, mas é a desculpa do patrão para maquiar situações em que a empresa de comunicação está defendendo seu ponto de vista, embora não assuma.
Tendenciosos todos são. Não acredito em imparcialidade, nem na velha fórmula de ouvir os dois lados. Você pode ouvir os dois lados, mas sempre vai ter opinião e produzirá ou o material jornalístico que melhor se adequar a sua situação ou aquilo que patrão mandou.
Empresas que vivem de lucro não são instituições legítimas para deter monopólio da verdade, nem mesmo as que não dependem dele, ainda que eu considere que as que funcionam a partir do lucro sejam menos compromissadas com a realidade.
Não é pelo fato de a empresa dizer algo oficialmente que realmente ela esteja fazendo o que diz. E só tenho que lamentar por quem compra a briga do patrão e passa por cima de tudo que for preciso para sustentar seu ego inflamado com o pagamento que recebe da empresa.
Você pode trabalhar por dinheiro, já disse, mas não precisa ser grosseiro ao ponto de atacar quem não é obrigado a concordar com o que o seu patrão fala. Aliás, ninguém é obrigado. Daí a sair ofendendo os que pensam pela própria cabeça já indício de problemas com o caráter. Cuidado profissional ruim de caráter duvidoso. O próximo facão pode pegar você.
E daí você vai para casa com a opinião do ex-patrão que te mandou embora porque você nunca foi um bom profissional, era apenas um puxa-saco. Um bom pau-mandado. Ou se preferir, um pelego..