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Professores da Unicamp decidem paralisar atividades no próximo dia 16

Os professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), reunidos em assembleia geral, nesta quinta-feira, 05, decidiram paralisar as atividades no próximo dia 16, quando ocorre um ato unificado do Fórum das Seis, em São Paulo, durante a segunda reunião de negociações da campanha salarial/2016 com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas).

Os reitores ainda não apresentaram nenhuma proposta de reajuste aos professores e servidores das universidades. A assembleia geral foi realizada no auditório da ADunicamp (Associação dos Docentes da Unicamp) e a proposta de paralisação recebeu aprovação unânime dos cerca de 60 professores presentes.

A partir de proposta encaminhada pelo plenário, e colocada em votação pela mesa diretora da assembleia, os professores decidiram também incorporar a expressão “Não ao golpe”, em todas manifestações e publicações que forem realizadas na campanha salarial em curso.

A decisão de incluir a expressão “Não ao golpe” nas manifestações da atual campanha salarial foi tomada após diversas manifestações dos professores presentes na assembleia. Vários deles defenderam que a ADunicamp deveria se posicionar claramente diante da atual crise política nacional, em todas as suas manifestações.

A assembleia decidiu ainda que, nos próximos dias e em particular durante a paralisação marcada para o próximo dia 16, deverão ser realizados debates nas diferentes Unidades da Unicamp para discutir as seguintes questões: o PLP (Projeto de Lei Complementar) 257, as medidas de contenção de despesas na Unicamp, a reserva financeira da Universidade e a atual campanha salarial, entre outras.

O PL 257, que deve ser um dos pontos centrais dos debates durante a paralisação do dia 16, tem sido duramente criticado por movimentos sociais e centrais sindicais – entre elas o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), do qual a ADunicamp é Seção Sindical.

O projeto, de autoria do Governo Federal, recebeu 209 emendas parlamentares e entrou na pauta para discussão e votação na Câmara dos Deputados, em caráter de urgência constitucional. O Andes-SN e demais centrais sindicais avaliam que a proposta traz uma série de ataques aos direitos dos trabalhadores, principalmente servidores públicos – federais, estaduais e municipais.

“O PLP 257 faz parte do pacote de ajuste fiscal iniciado pelo governo, no final de 2014. As medidas, que buscam manter o pagamento de juros e amortizações da dívida ao sistema financeiro atingem diretamente o serviço público e programas sociais”, afirma boletim do Andes-SN, divulgado esta semana com uma convocação aos professores universitários a se mobilizarem para barrar a aprovação do projeto no Congresso Nacional.

Durante a assembleia geral realizada de quinta-feira, a diretoria da ADunicamp também informou que foi formada na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) uma Frente parlamentar em defesa das Universidades públicas no Estado de São Paulo. (Carta Campinas com informações de divulgação)

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