Ao ir além do universo da tela, Giló também trabalha e produz arte a partir de diferentes materiais e suportes, explorando as mais inusitadas técnicas e criando desde objetos de decoração e utensílios domésticos até jóias.
Entre as diversas técnicas com as quais trabalha, destacamos a do vidro soprado e fundido – aprimorada pela artista enquanto viveu em Barcelona e também em Murano, arquipélago formado por sete pequenas ilhas que fica a 1 km de Veneza e famoso pelas obras em vidro, particularmente candeeiros. A partir dessa técnica, Giló produz luminárias coloridas, cinzeiros, pratos, entre outras peças únicas e de beleza delicada e original, que, colocadas contra à luz ou mesmo iluminadas, produzem interessantes efeitos cromáticos.
Giló também estudou técnicas de prótese dentária e trabalhou em laboratórios. Dessa experiência, aprendeu a lidar com a micro fusão de metais em alta definição o que lhe trouxe um universo de novas possibilidades também no campo criativo. O metal fundido e o vidro se combinam em diversas jóias feitas pela artista, outra das múltiplas linhas nas quais vai sendo tecido o seu trabalho.
Na área da joalheria, Giló produz peças metálicas criadas a partir de objetos que recolhe da natureza (flores, insetos, sementes…), dando forma a pingentes e pulseiras.
Desse conjunto inusitado de materiais e técnicas se faz a arte de Giló, uma arte diversa, mas que faz aparecer, em cada uma das suas faces, um lampejo, uma pequena luz delicada e intermitente, que se insinua e coloca todas as pontas desse impulso artístico em diálogo e movimento.
Além do trabalho como artista, Giló é professora de arte e uma das responsáveis pelo “Mercado Casa da Mata”, que realiza em parceria com o também artista plástico Seizo Soares, um evento que une ateliê e microrestaurante, oferecendo um momento de convívio e troca entre aqueles que apreciam a arte e também o fato de celebrar e estar juntos. No Mercado, que acontece no Bosque de Barão Geraldo, o público encontra objetos para casa, joalheria e acessórios, aromas, vestuário, bordado, pintura, miniBrechó de roupas, além do clima da Mata Santa Genebra.
O projeto “Cartas Visuais” foi contemplado no Edital ProAC nº 41/2015 “Concurso de Apoio a projetos de publicação de conteúdo cultural no Estado de São Paulo”, com a proposta de valorizar e promover a difusão do trabalho artístico contemporâneo em Campinas e região. Como parte do projeto, serão produzidos e divulgados no site Carta Campinas textos, fotografias e vídeos mostrando um pouco do trabalho de diversos artistas previamente selecionados para o projeto. (Maura Voltarelli)
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