A Lava Jato tem um viés político e buscou criminalizar o PT e derrubar o governo Dilma Rousseff (PT). Isso ninguém desconfiava inicialmente, mas foi se tornando óbvio e evidente em atos falhos e nas próprias ações da Lava Jato.
Agora se torna mais evidente, quando o delegado Igor Romário de Paulo, Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado (DCOR) da Superintendência da Polícia Federal do Paraná (SR/DPF/PR), entra com uma ação de indenização contra o jornalista Luis Nassif, do Jornal GGN.
Segundo reportagem de Marcelo Auler, ao impetrar uma ação de indenização contra o jornalista Luis Nassif, o delegado coloca na própria ação a informação de que a Lava Jato se mostrou ‘algoz ao governo e ao Partido dos Trabalhadores’. Ele afirma isso!
“Segundo ele, as críticas que sofreu de Nassif no artigo que o JornalGGN publicou em 2 de fevereiro – Com excesso de poder, a Lava Jato pode ter virado o fio – tem como justificativa o fato de a Lava Jato ter sido algoz ao governo e ao Partido dos Trabalhadores. O texto contido na inicial da ação impetrada no 6º Juizado Especial Cível do Paraná diz;
“A atitude do Réu é indecorosa e imoral por querer imputar condutas criminosas ao Autor apenas pelo fato desse ser um Delegado da Operação Lava Jato, Operação que se mostrou algoz ao governo e ao Partido dos Trabalhadores, exatamente o partido que o Réu defende“.
Ironicamente, o delegado deixa claro na ação que ele vê o jornalista Nassiff como defensor do governo e do PT, exatamente o oposto de como Nassif o vê como delegado, ou seja, ‘algoz do PT e do governo’.
A visão do delegado sobre as posições de Nassif mostra a dualidade que permitiu a realização do golpe contra Dilma Rousseff. Qualquer crítica à Lava Jato e ao juiz Sérgio Moro seriam de ‘petistas’. Ou seja, o delegado mostra que também ele dividiu o Brasil em dois grupos. Criticar a Lava Jato significa ser ‘pestista’.
A ação é mais uma evidência e confirma a análise do professor Laymert Garcia dos Santos, de que já vivemos uma ambiente nazista.