É uma espécie de contra-reforma a todos os avanços conquistados pela sociedade nos últimos anos.
O golpe foi comandado pelo réu Eduardo Cunha, que é a síntese política dos evangélicos fundamentalistas, não dos evangélicos em geral, que fique claro.
Pode-se pensar que não existe nada pior do que um golpe contra a Democracia. Mas existe: é um golpe contra a Democracia evangélico fundamentalista.
Pautas reacionárias já foram iniciadas desde de última eleição parlamentar, em 2014, comandadas por Eduardo Cunha. Mulheres tentaram resistir. O Estado laico agoniza. Agora até um pastor poderá ser ministro da Ciência e Tecnologia.
Pensava-se que havia uma direita esclarecida no Brasil. Não, não há. A direita brasileira não teve pudor em se associar com o submundo da política mais criminosa e fundamentalista. Não sobrou nenhuma força de direita que se interpôs a isso.
Com o golpe, direitos de mulheres, negros, religiosos, pobres e homossexuais com certeza vão regredir.
Logo após ser eleito presidente da Câmara, Eduardo Cunha disse no Roda Viva que queria “participar do governo Dilma”. Leia-se, queria mandar no governo Dilma. E nada melhor que um golpe para mandar plenamente.
Cunha é artífice que colocará em prática um projeto que não foi eleito pela população e, pior, não seria eleito. Seria derrotado mesmo entre os evangélicos.
Mesmo assim, o fundamentalismo está a todo vapor.