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Dois eventos contra o golpe parlamentar marcaram a semana na Unicamp

A Unicamp teve esta semana dois eventos contra o golpe parlamentar, promovido pelo vice-presidente, Michel Temer, e pelo deputado evangélico fundamentalista, Eduardo Cunha, ambos do PMDB.
Na sexta-feira, 29/04, o deputado federal Paulo Teixeira (PT) e o vereador de Campinas Pedro Tourinho (PT) participaram de um ato no saguão do Ciclo Básico II da Unicamp organizado de maneira espontânea por estudantes, professores e funcionários da universidade.

“A agenda defendida por Temer e Cunha é uma agenda que não ganha nas urnas”, defendeu Paulo Teixeira. “A oposição está com abstinência do poder. Como não ganham nas urnas querem levar na mão grande. Querem dar um golpe na democracia”, continua. o deputado coloca com preocupação a privatização e a modificação nas leis trabalhistas, já defendidas abertamente pelo grupo que almeja assumir a presidência. “A saída é somente por uma constituinte exclusiva para reformar o sistema político e fazer uma democracia de alta intensidade”, conclui.

Teixeira também ressaltou que o golpe é apoiado por evangélicos fundamentalista, que querem o retrocesso de conquistas sociais e das mulheres. Viviene Garcia, formada em Lingüística na Unicamp e integrante do movimento da Marcha Mundial das Mulheres, tomou a palavra para explicar que, para ela, o machismo implicado na sociedade alavancou o golpe. “Eles não gostam dos governos da esquerda. Mas somente quando uma mulher assumiu a presidência foi que passaram a atirar pedras”.

O vereador Pedro Tourinho concordou, lembrando das capas das grandes revistas que estamparam a imagem da presidenta Dilma das maneiras mais estapafúrdias possíveis. “Comprovam que o machismo está sim presente na sociedade e que precisa ser combatido”, disse. O vereador cita a própria câmara de vereadores de Campinas, que tem apenas uma mulher eleita.

Daniel Perez, professor de filosofia no IFCH também deu uma declaração questionando o machismo. “Cristina, na Argentina, foi tão agredida quanto a Dilma. É uma movimentação geopolítica que tem se perpetuado na América Latina como um todo”. Teixeira respondeu concordando. “Já faz tempo que a direita que desestabilizar os governos de esquerda da América Latina. E desestabilizando o Brasil eles alcançam o maior país do continente sulamericano”.

Na noite da quinta-feira (28/04), a edição Campinas da CARAVANA DA UEE (União Estadual dos Estudantes) que está percorrendo o estado arregimentando forças democráticas para denunciar o golpe judicial-legislativo em curso no país, fez outro ato na Unicamp

Com a participação de centenas de estudantes, professores, lideranças comunitárias e população, o evento superou a expectativa dos organizadores, segundo Cris Grazina – Presidente da UJS (União da Juventude Socialista ) de Campinas e Vice-Presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), no estado de São Paulo, integrante da mesa de debates.

O professor Luiz Belluzzo, economista e professor universitário, convidado de honra, não compareceu, enviando justificativa da falta, por conta de uma forte gripe que o acometeu. Estiveram presentes ao encontro, entre outros, Armando Boito Jr – Professor de Ciências Políticas (IFCH/UNICAMP), João Quartim de Moraes – Professor de Filosofia/Unicamp e Renata Mielli – Jornalista/Fórum Nacional de Democratização da Comunicação.

Vários participantes defenderam o respeito à Democracia por conta do golpe jurídico-legislativo em curso, que tenta derrubar a atual presidente eleita sem um fato determinado como crime na acusação movida no Congresso Nacional.

Das muitas propostas foram tiradas algumas ações que serão levadas a efeito, sob coordenação da Frente Brasil Popular em Campinas, com destaque para o Movimento “1º de Maio de Luta”, no próximo domingo, dia 01/05.

Ao final, no Teatro de Arena/Unicamp, o ato contou com uma apresentação ao vivo do grupo “Liga do Funk”, que veio de São Paulo especialmente para o evento na Unicamp.

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