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Comunidade acadêmica da Unicamp pede adesão a Manifesto Contra o Golpe

A Comunidade Acadêmica da Unicamp lançou um manifesto em defesa da democracia e contra o golpe institucional, liderado por Michel Temer e Eduardo Cunha, ambos do PMDB.

Estudantes, professores e trabalhadores da Unicamp, contrários à proposta de impedimento do mandato da presidente eleita, e “na defesa das liberdades democráticas”, disponibilizaram nas redes sociais manifesto elaborado pelo conjunto da comunidade acadêmica de modo que internautas possam assiná-lo através dos meios digitais.

O objetivo, de acordo com a chamada na fanpage do movimento, é enviar as assinaturas conjuntamente com o documento para parlamentares indecisos, às véspera da votação do impeachment no Congresso Nacional, nessa semana.

O Comitê Unicamp contra o golpe pede a todos os membros da comunidade acadêmica da universidade a assinar o manifesto disposto abaixo, acessando o seguinte link (http://goo.gl/forms/vMVKsUr57b ) ou enviando um email para unicampcontraogolpe@gmail.com .

“Estamos empenhados em conseguir o máximo de adesões possível até quinta-feira(14/04) às 14:00h, com o objetivo de encaminhá-las conjuntamente com o documento aos deputados indecisos na véspera da votação do impeachment, como mecanismo de convencimento para que votem contrários à interrupção do mandato da presidente eleita. Sua participação é importante e decisiva!”, dizem os organizadores.

Veja o manifesto

“Docentes, funcionários e estudantes da Universidade Estadual de Campinas vêm manifestar seu mais veemente repúdio à tentativa de golpe contra as instituições republicanas e os direitos civis, políticos e sociais, tão duramente conquistados pelos brasileiros e consagrados pela Constituição de 1988.

Violações das liberdades democráticas se acumulam, materializadas nas detenções arbitrárias, invasão policial a sindicatos ou repressão de manifestações pacíficas, culminando na condução coercitiva do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva para prestar depoimento à Polícia Federal e na divulgação de interceptação telefônica que atingiu a Presidência da República, em atropelo às normas e aos ritos jurídicos estabelecidos, como demonstraram juristas e instituições dos mais variados matizes políticos. Em ameaça mais grave ao Estado democrático de Direito, estas ações são empreendidas por operadores do Direito, a quem, precisamente, incumbe zelar pelo cumprimento da Carta Magna.

Tais sucessivas e flagrantes ilegalidades vêm ocorrendo sob o frágil verniz do combate à corrupção, sob os auspícios da mídia corporativa, que expressa o projeto político da elite brasileira. A corrupção deve ser duramente combatida, mas dentro das regras institucionais, e essa luta não pode, sob hipótese alguma, ser seletiva. No entanto, é de forma absolutamente seletiva que o apelo fácil do combate à corrupção tem instrumentalizado a tentativa de criminalização de um único campo político brasileiro e contribuído, decisivamente, para a crise social e econômica do país.

Assim arquitetaram o golpe de 1954. Foram artífices do golpe de 1964. E, agora, preparam o terreno para mais um golpe de Estado no qual, além da derrubada de um governo legitimamente eleito com 54 milhões de votos, têm como pontos programáticos o fim dos direitos sociais e das garantias constitucionais dos cidadãos, a revogação da Consolidação das Leis do Trabalho, a privatização da universidade pública e a entrega da exploração do petróleo às corporações multinacionais.

Nesta hora grave, quando o futuro do país está em jogo, docentes, funcionários e estudantes da Unicamp somam-se ao crescendo de vozes que, no país, toma posição clara contra a ruptura institucional, em nome da defesa intransigente do Estado Democrático de Direito.”

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