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Teatro, oficina, filme e bate papo estão no projeto ‘Tupy or Not To Be’, da Boa Companhia

Nos próximos dias 30 e 31 de janeiro, no Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, a Boa Companhia, grupo teatral com sede em Barão Geraldo, apresenta o projeto “Tupy or Not To Be: Teatro Cinema e Novas Mídias”.

Contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2014, o projeto contará com duas apresentações do espetáculo teatral “Cartas do Paraíso” e a exibição de trechos de dois documentários: Corumbiara (Vicent Carelli) e Indígenas Kariri Xocó Lutam pela Terra: Direito Sagrado, seguido de bate papo com integrantes da Boa Companhia e da rede Kariri Xocó. A circulação já passou por Cuiabá, São Paulo, Belém e Goiânia e se encerra agora em Campinas.

Ainda faz parte desta circulação um blog, onde é possível conferir textos, músicas e debates sobre o tema. Desta forma a companhia procura trazer à tona algumas reverberações sobre as questões indígenas, seus imaginários e os conflitos presentes desde o período do “achamento” do Brasil, até os dias de hoje.

As apresentações do espetáculo terão ingresso no chapéu e as senhas começam a ser distribuídas 1h antes do início do espetáculo. As demais atividades serão gratuitas.

Estreado em 2010, Cartas do Paraíso foi apresentado em diversas cidades do Brasil, além de Lima (Peru), completou uma turnê à beira-mar, realizou temporada no Teatro da Caixa Rio de Janeiro no início do ano e já se apresentou em duas aldeias.

O espetáculo tem como principal fonte de inspiração cartas escritas por jesuítas, exploradores e viajantes, nos primeiros tempos desta Terra de Santa Cruz, Pindorama ou mítica Hi-Brasil. A radical diferença entre as duas visões de mundo foi o ponto de partida para a criação de uma poética luso-tropicalista, pautada na mestiçagem, no encontro e no confronto de imaginários tão ricos: o do Portugal renascentista e mercantilista e a cultura indígena brasileira, sendo ela mesma extremamente múltipla.

Apoiada em pesquisas bibliográficas, iconográficas e sonoras, a encenação busca orquestrar essas duas perspectivas, sem, no entanto, pretender uma reconstrução histórica. O espetáculo acompanha as metamorfoses da ideia de Paraíso, projetada pelo imaginário europeu na terra de Pindorama (Terra de Santa Cruz), e traz a reverberação disso na construção de uma singularidade brasileira, acelerando a passagem do tempo, atravessando o movimento modernista (bradando tupi or not tupi!), o tropicalismo (Aqui é o Fim do Mundo, de Torquatro Neto), até desembocar na complexidade atual da crise ambiental, da crise ética, neste cenário pré-apocalíptico de um mundo globalizado e bárbaro.

Duração: 60 minutos
Indicação etária: 14 anos
Atuação: Alexandre Caetano, Eduardo Osorio, Gustavo Valezi e Moacir Ferraz
Direção: Verônica Fabrini
Direção Musical e trilha sonora: Silas Oliveira
Iluminação: Eduardo Albergaria e Bruno Garcia
Figurino: Guilherme Guedes
Projeto gráfico: Gustavo Valezi, Alexandre Caetano
Edição Audiovisual: Gustavo Valezi e Ericson Cunha
Produção: Cassiane Tomilhero e Isabela Razera
Produção local e assessoria de comunicação: Daniela Leite

O documentário CORUMBIARA, do indigenista e antropólogo franco-brasileiro Vicent Carelli, acompanha o indigenísta Marcelo Santos em sua denúncia do massacre dos índios da Gleba Corumbiara (RO), e Carelli filma o que resta das evidências. Marcelo e sua equipe levam anos para encontrar sobreviventes e, duas décadas depois, a versão dos índios é revelada.

Indígenas Kariri Xocó Lutam pela Terra: Direito Sagrado
“A legitimidade da ocupação tradicional da Terra Indígena Kariri Xocó foi comprovada por uma extensa documentação histórica, por longos anos de um detalhado processo administrativo de demarcação e por políticas públicas de reconhecimento do direito indígena. Porém, este processo foi interrompido. Isto por meio de uma liminar como recurso jurídico em que parte dos latifundiários se apoiaram para defender seus interesses em torno da propriedade privada. Neste vídeo, estão registrados fatos recentes, em várias linguagens, em diversas expressões e sentimentos, que documentam mais um passo da luta histórica dos povos indígenas pelo direito sagrado à terra que lhes foi tomada. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Espetáculo Cartas do Paraíso
30 e 31 de janeiro, sábado e domingo às 20h
ingresso no chapéu, retirada de senha 1h antes na bilheteria

Exibição dos Documentários e Bate Papo
31 de janeiro, domingo às 16h30
gratuito

Local: Centro Cultural Casarão, Rua Maria Ribeiro Sampaio Reginato, S/N, Terras do Barão

Mais informações no SITE da Boa Companhia ou na página do espetáculo Cartas do Paraíso

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