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A lama da Samarco de Mariana é a lama do financiamento empresarial das eleições

A tragédia do rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, em Mariana, em Minas Gerais, expõe mais uma vez a tragédia do “financiamento empresarial” das eleições.

A pior da corrupção com certeza é a corrupção legalizada. E o financiamento empresarial das eleições é ou era uma corrupção legalmente constituída.

A Samarco pertence à Vale do Rio Doce e à empresa anglo-australiana BHP Billiton. Duas gigantes.

A Vale, que agora matou o Rio Doce, que deu o seu próprio nome, foi privatizada no governo Fernando Henrique (PSDB). A BHP Billiton lucra em média US$ 10 bilhões (Cerca de R$ 40 bilhões por ano).

A Vale doou para quase todos os candidatos e partidos políticos (veja imagem). Teve até deputado de Minas Gerais do PSDB que atuou para evitar que o atual governo mineiro aumentasse o imposto sobre a mineradora. No governo anterior, uma investigação na Assembléia Legislativa mineira foi bloqueada.

A tragédia do financiamento empresarial é o corpo mole do estado na fiscalização, na aprovação de leis mais rígidas e na cobrança de impostos. Além é claro do lobby de deputados a favor das empresas os financiam.

Na lama da Samarco de Mariana tem muita lama do financiamento empresarial.

 

 

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