Sem preconceito e longe da influência da insanidade da direita raivosa que grita “vai para Cuba!”, a Secretaria de Cultura e Turismo da cidade não foi, mas levou cinco professores a se formarem no primeiro nível do curso ministrado pela maître, professora e diretora da Escola Nacional de Ballet de Cuba, Ramona de Sáa, criadora do programa, registrado internacionalmente. O aperfeiçoamento aconteceu na unidade Ballet Paula Castro, em São Paulo, que tem exclusividade na implantação do método no Brasil.
Os professores que foram iniciados na capacitação, atualmente responsáveis por ministrar aulas de Ballet Clássico são: Alessandra Pozzuto, Ana Luiza de Sá, Alex Kiton, Brunella Squarisi e Denise Fogaça de Arruda. Eles ainda terão cinco anos para concluir os oito níveis básicos da formação.
Com a formação continuada dos professores, dentro do programa de ensino da Escola Nacional de Ballet de Cuba, o Centro Cultural, pretende unificar a aplicação de aulas em todos os níveis de formação e de maneira continuada.
Para a Secretaria de Cultura e Turismo, qualificações como estas contribuem para o aperfeiçoamento e crescimento profissional dos professores do Centro Cultural e beneficiam os alunos em todos os seus níveis de aprendizagem.
Na avaliação da Secretaria, a nova proposta é aplicar, a partir de agora nas aulas de Ballet Clássico, apenas o método cubano, mundialmente conhecido e considerado o mais adequado às condições físicas, à musicalidade e à expressão corporal latinas. Assim, será possível a formação dos alunos, do nível básico ao avançado, em um método específico, no caso o da Escola Nacional de Ballet de Cuba.
Os professores comemoram a nova formação profissional. Eles destacam que o método cubano combina uma proposta que mistura o melhor da Escola Russa (Vaganova) e adiciona características próprias do temperamento e do biotipo dos bailarinos latino-americanos.
Suas aulas são bem expansivas e trabalham muito com allegros, batteries e giros. Bailarinos cubanos são conhecidos por sua agilidade e grande força. Hoje os cubanos ocupam vagas de primeiros bailarinos nas principais companhias do mundo. “Esta experiência está sendo bem enriquecedora para nós. Conhecíamos superficialmente o método, mas agora está sendo possível aprofundarmos na técnica que possui características bem especiais”, diz Denise, que dá aulas há 22 anos no Centro Cultural. “A partir desta reciclagem, falaremos a mesma linguagem na aplicação das aulas, com a mesma linha de ensino”, completa Ana Luiza.
De acordo com a própria prefeitura, o Ballet Nacional de Cuba ocupa hoje a posição de uma das maiores companhias de dança do mundo. Criado em 1948 como Escuela Cubana de Ballet, sempre foi reconhecido pela grande capacidade técnica e artística de seus profissionais. (Carta Campinas com informações de divulgação)