18984718.jpg-r_640_600-b_1_D6D6D6-f_jpg-q_x-xxyxxNo próximo sábado, 31 de outubro, às 19h30, o ciclo Aula de Cinema, que acontece no Museu da Imagem e do Som (MIS), de Campinas, com curadoria de Ricardo Pereira e Gustavo Sousa, exibirá o filme “O Exorcista”, de William Friedkin.

A atriz Chris MacNeil (Ellen Burstyn) começa a perceber gradativamente que sua filha adolescente Regan MacNeil (Linda Blair) está tendo um comportamento bastante estranho. Após frustradas tentativas de curar a garota procurando a ajuda de médicos, psiquiatras e até mesmo através da hipnose, ela se rende à ajuda do padre Karras (Jason Miller), que chega à conclusão que a menina está possuída pelo demônio e precisa de um ritual que já não é mais utilizado nos dias de hoje, o exorcismo. Vencedor de 2 Oscars (Roteiro e Som). EUA, 1973. Colorido, 122 min.

Nas artes, certos criadores são lembrados apenas ou quase sempre por uma única realização, embora tenham feito outras também repletas de virtudes. No cinema, William Friedkim ganhou o Oscar de Melhor Diretor de 1971 por “Operação França”, mas seu nome é relacionado imediatamente (ou unicamente) a “O Exorcista”, feito em 1973, e que acabou virando um clássico. Filho de um negociante fracassado em diversos ramos e que acabou morrendo nas ruas em estado de miséria, Friedkin não chegou ao cinema por acaso. Essa foi a sua meta desde que viu “Cidadão Kane” quando ainda era adolescente. Paralelamente aos seus estudos, passou a trabalhar na WGN TV de Chicago. Depois de formado, obteve a chance de dirigir documentários. E um deles, ”O Povo contra Paul Crump” (que abordava um caso judicial), causou grande celeuma e ganhou o Golden Gate Award no festival de São Francisco. Era o início de uma carreira com momentos marcantes. Depois de dirigir vários episódios de série para a TV, em especial para o programa de Alfred Hitchcock, Friedkin assinou em 1967 o seu primeiro longa-metragem, ”Good Times”, que tinha a estreante Cher no principal papel. Mas ele começou a mostrar mais ousadia em 1970, ao levar para a tela a peça ”Os Rapazes da Banda”, uma comédia dramática com personagens homossexuais. Algo inusitado na época. Após a consagração obtida com ”Operação França” e ”O Exorcista”, o cineasta fez vários filmes vigorosos como “O Comboio do Medo” e ”Parceiros da Noite”, com Al Pacino. Mas sucesso mesmo, e de bilheteria, ele só viu acontecer em 1985 com ”Viver e Morrer em Los Angeles”.

A exibição é gratuita, aberta a todos e seguida de debate. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Local:
Museu da Imagem e do Som de Campinas
Palácio dos Azulejos
rua Regente Feijó, 859
Centro