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Região de Campinas registrou 15 mortes de febre maculosa

O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas informou que entre abril e junho deste ano, houve 4 casos de Febre Maculosa na cidade, sendo que três deles foram a óbito.

A região de Campinas é uma área endêmica para a doença. Somente este ano, na região, foram registradas 15 mortes por maculosa.

A febre maculosa é uma infecção grave, transmitida pelo carrapato conhecido como estrela. O rápido diagnóstico pelo médico é fundamental para evitar a gravidade da doença.

Em 2014, foram registrados sete casos de maculosa, com cinco óbitos; em 2013, foram confirmados seis casos de febre maculosa, com três óbitos; Em 2012, seis casos, com três óbitos e em 2011, seis casos, com três mortes.

Segundo a Prefeitura, em nenhum dos casos registrados no município houve relato de frequência em parques e jardins públicos. Após ser notificado sobre cada caso, o Devisa relata que desencadeou as ações de saúde preconizadas, que incluem intervenções de vigilância epidemiológica e ambiental e ações de educação e mobilização social nos locais prováveis de infecção.

O primeiro caso foi de uma mulher de 44 anos residente na região Sul de Campinas. A paciente morreu em abril. A segunda ocorrência refere-se a um homem de 61 anos, também residente na região Sul, que contraiu a doença em maio e evoluiu para a cura, ou seja, não houve morte.

A terceira é de um homem de 36 anos, morador da região Norte do município, que morreu em junho. O quarto caso é de um homem de 46 anos, também morador da região Sul. O óbito foi em junho.

Para o Devisa, todos os casos da região Sul foram em locais diferentes, ou seja, não estão relacionados.

Cuidados

Não existe vacina contra a febre maculosa e não é possível eliminar totalmente o carrapato. Por isso, a população deve evitar frequentar as áreas de vegetação e de mato, onde há infestação de carrapatos-estrela e, portanto, locais de risco.

Caso a pessoa passe por essas áreas, ou tenha de frequentá-las, deve ficar atenta aos sintomas da doença, que são febre, dor de cabeça, dor intensa no corpo, mal-estar generalizado, náuseas e vômitos. Ao apresentar um desses sinais, a pessoa deve procurar o serviço de saúde e informar que foi parasitada por carrapato.

Para todas as notificações, são desencadeadas medidas de controle que incluem ações de vigilância epidemiológica —com busca ativa de pessoas com sintomas da doença— e assistência aos pacientes, além de atividades de educação em saúde, em comunicação e mobilização social, assim como ações intersetoriais, como controle e intervenção ambiental. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Mais sobre a doença:

O que é?
A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida por carrapatos. É uma doença grave, de elevada taxa de letalidade. Causada por uma bactéria do gênero Rickttesia (R. rickettsii), é de notificação compulsória, devendo ser informada pelo meio mais rápido disponível, e de investigação epidemiológica com busca ativa, para evitar a ocorrência de novos casos e óbitos.

Quais os sintomas?
A doença é de difícil diagnóstico, sobretudo em sua fase inicial, mesmo entre profissionais bastante experientes. O início geralmente é abrupto e os sintomas são inespecíficos no começo, incluindo febre, dor de cabeça, dores musculares intensas, mal-estar generalizado, náuseas e vômitos. Em geral, entre o segundo e o sexto dia da doença, surgem erupções cutâneas (exantemas maculopapulares), predominantemente nos membros superiores e inferiores.

Como se transmite?
Pela picada de carrapato infectado. A contaminação ocorre se permanecer colado à pele por um período que varia de 4 a 6 horas. A doença não é transmitida de pessoa para pessoa.

Como tratar?
O tratamento consiste na administração precoce de antibióticos (clorafenicol ou doxiciclina). Casos de pacientes não tratados precocemente podem evoluir para formas graves e cerca de 80% deles chegam ao óbito.

Como se prevenir?
Se for necessário entrar numa área de vegetação e de mato, é recomendável usar calças e camisas de mangas compridas e roupas claras para facilitar a visualização do carrapato. Também é importante inspecionar o corpo para verificar a presença de desse vetor. A limpeza de pastos e a capina da vegetação ajudam no controle da população de carrapatos.

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