As classes média e alta têm recursos financeiros e poderiam investir de forma intensa na produção de energia fotovoltaica, por meio de placas solares colocadas sobre o telhado de garagens, estacionamentos e outros locais. Pequenas e médias empresas também poderia investir com um pouco de incentivo.
Um simples plano do governo federal poderia revolucionar a produção de energia fotovoltaica do país e dar fôlego para os investimentos em outras formas de energia, sem o governo gastar um único centavo, exceto uma linha de crédito via Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil, ou mesmo bancos privados.
Para isso, basta fazer três coisas. Primeiro, evitar a construção de grandes usinas fotovoltaicas, que não fazem o menor sentido econômico e que só servem para beneficiar o lobby das empresas que se beneficiam de grandes obras. Além, o que é pior, de necessitar da construção de uma linha de transmissão.
E segundo, gerar linha de crédito e definir regras para a classe média investir em geração de energia fotovoltaica e ter o retorno do investimento ao vender para a rede de transmissão. O investimento atualmente fica entre R$ 20 mil e R$ 40 mil, mas tende a ficar mais barato com a popularização.
Em terceiro, determinar regras claras e prazos para as distribuidoras ligarem as residências que geram energia fotovoltaica à rede elétrica, além de tirar delas qualquer avaliação ou controle sobre o investimento, que poderia ser simplesmente avaliado por um engenheiro elétrico.
No plano energético, anunciado recentemente pelo governo federal, está a construção de usinas fotovoltaicas. Um enorme equívoco, isso sem contar aditivos de contrato, sobrepreço e etc, normal em licitações no Brasil.
É algo meio incompreensível. Em vez de investir recursos do governo, por que não usar os recursos das classes média e alta? Com tanta energia batendo panela, por que não investir em energia?