11751786_786242371489129_4954875172145182305_n (473x640)Na próxima sexta-feira, 17, a partir das 19h30, acontece o vernissage de abertura da “Ocupação CMU 30 anos”, que celebra os 30 anos do Centro de Memória da Unicamp (CMU), no Museu da Imagem e do Som (MIS), de Campinas.

A visitação poderá ser feita até o dia 22 de agosto, de terça à sexta, das 10h às 18h, e aos sábados até às 16h. A preparação da Ocupação CMU 30 anos começou no ano passado, com a elaboração de um projeto para a realização de uma exposição fotográfica, que reuniria principalmente imagens da cidade de Campinas. No entanto, ao longo do processo o projeto cresceu e para contemplar melhor o acervo e o trabalho realizado durante as três décadas do Centro, a professora Iara Lis Schiavinatto, do Instituto de Artes da Unicamp, foi convidada a assumir a curadoria.

A partir de então, aos poucos, o formato foi se transformando, resultando numa Ocupação. “É nesse sentido mesmo: de chegar e ocupar o espaço. O CMU neste período vai estar ali, o MIS vai ser do Centro de Memória, mostrando tudo o que ele tem, tudo o que ele faz, ao invés de somente exibir algo sem comprometimento e sem um vínculo maior com o espaço”, explica Marli Marcondes, coordenadora executiva do evento e especialista em conservação de acervos do CMU.

“A maior parte do nosso acervo é referente a Campinas, e o MIS está inserido ali, ele tem uma importância para a história da cidade. Então, a ideia foi levar este acervo para a população, mostrar para a cidade que estamos fazendo 30 anos, sem que isso virasse um trabalho acadêmico voltado somente para os nossos pares”, completa ela.

Um dos maiores desafios para a organização do evento foi selecionar o que mostrar ao público dentre os 150 conjuntos documentais abrigados pelo CMU atualmente. Ao todo, são mais de 1.300 metros lineares de documentos, com 80 mil processos, 3 mil livros manuscritos, 80 mil fotografias, 2 mil rolos de microfilmes e cerca de 100 mil documentos avulsos de natureza variada, fora as quase 850 horas de áudio digitalizadas – que fazem do CMU um importante centro de documentação e pesquisa, com o mais vasto acervo sobre a memória de Campinas e região.

11701110_786242368155796_5242286800277613728_n (531x640)Assim, a Ocupação foi concebida em quatro núcleos, que expõem diferentes faces do Centro. No primeiro deles, “CMU – um projeto intelectual”, a intenção foi revisitar os fundamentos que nortearam a criação do órgão em 1985, especialmente a partir do esforço e liderança do historiador e professor da Unicamp José Roberto do Amaral Lapa (1929-2000), cujo trabalho até hoje ecoa nas iniciativas e pesquisas que ali acontecem.

O segundo núcleo, “A trama dos conjuntos documentais e uma experiência cinematográfica em Campinas”, enfoca o longa Fernão Dias (1957), dirigido por Alfredo Roberto Alves e rodado na cidade pela Cine Produtora Campineira (CPC). A partir do conjunto documental da produtora, doado ao CMU em 1991, foram escolhidas para a Ocupação fotografias das gravações, anúncios veiculados na imprensa, contratos e contabilidade da obra, ingressos e cartazes das exibições e, logicamente, o próprio filme. O objetivo é exemplificar a riqueza das dimensões evocadas não somente por cada um desses tipos documentais, mas, sobretudo, pelo dinâmico diálogo entre eles.

Já o núcleo “Dos conjuntos documentais aos livros: uma história de produção intelectual” busca compartilhar os desdobramentos possíveis a partir de um mesmo documento, enfatizando os múltiplos significados que emergem cada vez que ele é utilizado como fonte de pesquisa, resultando numa tese e/ou num livro. Procura-se mostrar a força do acervo do CMU em pesquisas que extrapolaram a dimensão regional, comprovando a capacidade de irradiação de pesquisadores pelo país a partir da Unicamp.

Um dos aspectos mais importantes do acervo do CMU é sua capacidade de mostrar, através de fragmentos do passado, um pouco da história de Campinas. Assim, no último núcleo, “A cidade que o arquivo pode dar a ver”, foram selecionadas fotografias que mostram diferentes ângulos e momentos da história da cidade, privilegiando cenas pouco conhecidas pelos campineiros. As imagens passaram por um cuidadoso trabalho de restauro e edição para que pudessem ser expostas ou ampliadas em grande formato – parte delas com mais de 2 metros de altura. Algumas dessas imagens, inclusive, poderão ser levadas para casa: serão distribuídos monóculos com fotografias antigas de Campinas aos visitantes, além de um catálogo com textos e imagens sobre o evento.

A Ocupação CMU 30 anos é uma realização do Centro de Memória – Unicamp, com patrocínio do Fundo de Apoio ao Ensino, à Pesquisa e Extensão (Faepex), do Gabinete do Reitor e do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS) da Unicamp. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Vernissage de abertura – Ocupação CMU 30 anos
Quando: 17 de julho (sexta-feira)
Horário: 19h30.
Onde: Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS)
Rua Regente Feijó, nº 859, Centro – Campinas
Telefone: (19) 3733-8800
Visitação: 18 de julho a 22 de agosto de 2015.
Terça à sexta, das 10 às 18h, sábados das 10 às 16h
Entrada gratuita