No ano passado, o Brasil foi o quarto país do ranking, em termos de aumento da capacidade eólica, atrás da China, Estados Unidos e Alemanha, com expansão de 2,5 gigawatts (GW) de energia. Já em relação à capacidade instalada, ocupava o décimo lugar, com ganho de três posições em relação ao ano anterior.
Atualmente, 262 usinas eólicas estão em atividade no Brasil, somando capacidade instalada de 6,56 GW, suficiente para abastecer uma cidade do porte de São Paulo. Elbia disse que até o final de 2015, o setor alcançará 10 GW de capacidade instalada. Até 2019, serão 18 GW, sem contar os leilões que vão ocorrer. Mais 3 GW estão sendo contratados no momento, e a presidenta da associação acredita que nos próximos leilões – A-3 e leilão de reserva, programados para 21 de agosto e 13 de novembro – poderão ser vendidos de 3 a 4 GW a mais.
Complementar à matriz hidráulica, como as demais fontes renováveis, a energia eólica mostra tendência de expansão, de acordo com Elbia. “A tendência do Brasil é expandir sua matriz a partir das fontes complementares. Nós temos as renováveis complementares e as complementares termelétricas, que além de poluentes são mais caras”, acrescentou.
Ela advertiu, entretanto, que o Brasil não pode deixar de investir nas usinas térmicas, porque esses empreendimentos contribuem para a segurança do sistema elétrico nacional. “Uma tendência de matriz futura, com o nível de hidrelétrica atual e uma tendência de crescimento das renováveis complementares, puxadas pela eólica, e com alguma participação termelétrica, é um sinal do governo para garantir a segurança básica do sistema”, ressaltou.
Com a capacidade instalada de 6,56 GW, o setor de geração eólica consegue reduzir as emissões de 11,6 milhões de toneladas de gás carbônico, nas contas de Elbia Gannoum, e ela estima que em 2019, ao alcançar 18 GW, serão cerca de 30 milhões de toneladas de gás carbônico que deixarão de ser emitidas na atmosfera. “Mais ou menos três vezes o que temos hoje”, destacou.(Alana Gandra/Agência Brasil)