A semana começa com a exibição na segunda-feira, 13, de “Doze homens e uma sentença”, de Sidney Lumet. Estimativas sugerem que nos EUA a cada 25 condenados à morte, um é condenado injustamente. Doze Homens e uma Sentença nos faz questionar o quanto julgamentos já são carregados de preconceitos.(1h35min)
Na terça-feira, 14, é exibido o documentário “Sem Pena”, de Eugênio Puppo. Por que nós prendemos? O documentário de Eugênio Puppo, produzido pela Heco filmes e pelo Instituto de Defesa do Direito de Defesa, expõe as entranhas do sistema de justiça do país, demonstrando como morosidade, preconceito e a cultura do medo só fazem ampliar a violência e o abismo social existente. (1h27min) O documentário será exibido às 16h e às 19h, após a sessão das 19h haverá debate com a socióloga e agente penitenciária Eli Torres sobre o sistema carcerário brasileiro.
Eli Torres é Mestre em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2011) e Doutoranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Pesquisadora do FOCUS (Grupo de Pesquisa Sobre Instituição Escolar e Organizações Familiares) na FE/UNICAMP e servidora licenciada da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de MS. Tem experiência nas áreas de Educação com ênfase em Cidadania, Ética, Direitos Humanos, Diversidade e Educação em espaços não escolares. Suas pesquisas focalizam os seguintes temas: educação, sistema prisional e sociedade.
Na quarta-feira, 15, o público poderá assistir ao documentário “A Gente”, de Aly Muritiba. Por sete anos, Aly Muritiba trabalhou em uma prisão. Lá ele fez parte da Equipe Alfa. Após estudar cinema e ter feito alguns curtas, Muritiba volta a seu antigo trabalho para reencontrar seus colegas e realizar um filme com a Equipe Alfa. A Equipe Alfa é formada por 28 pessoas, homens e mulheres de origens e formações distintas que fazem a guarda e custódia de cerca de mil criminosos numa penitenciária brasileira. Walkiu torna-se o chefe da equipe e espera fazer um bom trabalho. Mas percebe que suas mãos estão algemadas. Participação em Festivais: Festival do Rio, DOK Leipezig, Amiens, Tiradentes.. (1h39min)
“César Deve Morrer”, drama de Paolo Taviani e Vittorio Taviani, será exibido na quinta-feira, 16. A arte vivida dentro do presídio. Detentos reais e atores fazem César Deve Morrer, um docudrama sobre dignidade e danação coletiva no presídio de Rebibbia, Itália. (1h16min)
Encerrando a programação da semana, na sexta-feira, 17, serão exibidos três curta metragens: “Remição”, “A Fábrica”, “Pátio”.
O documentário “Remição” demonstra a rotina e a expectativa de alunos matriculados em escolas penais. O filme retrata o ambiente hostil, imerso na superlotação prisional e vivenciado por três internos e um egresso da penitenciária “Instituto Penal” em Campo Grande, no estado de Mato Grosso do Sul. Os depoimentos são mediados pelas reflexões de dois agentes penitenciários sobre o sistema punitivo. A oralidade dos internos e do representante da prisão expõe suas impressões sobre a escolarização engendrada numa binariedade discursiva de presos e agentes penitenciários.
Em “A Fábrica” um presidiário convence sua mãe a arriscar a própria segurança para levar um aparelho celular para ele dentro da penitenciária. Participação em Festivais: Clermont-Ferrand, Brasília, Varsóvia, Biarritz, Rio, Amiens, Asiana…
No filme “Pátio” é exposta e pensada a figura do pátio, local onde se joga bola, capoeira e se fala de liberdade. Participação em Festivais: Mostra de Tiradentes, Semana da Crítica (Cannes), É tudo verdade, Kinoforum.
Todas as exibições são gratuitas e acontecem em dois horários, às 16h e às 19h. Mais informações AQUI. (Carta Campinas com informações de divulgação)