De acordo com o CGE, entre 21 de dezembro e 20 de março choveu 24,7% acima da média, com o acúmulo de 790,5 mm de chuva. O esperado era 634mm. Até então, o maior índice registrado ocorrera no verão de 2009/2010, com 849,6mm de chuva, 34% acima da média esperada para o período. Mesmo com tanta chuva, a falta de planejamento da Sabesp nas últimas décadas vai fazer a população da grande São Paulo e da região de Campinas ter um ano de racionamento de água.
Os números deste verão foram impulsionados pela chuva que caiu entre fevereiro [com 18% de chuva acima da média esperada para o mês] e março [mês que ainda não terminou, mas que já apresenta volume de chuva 30% acima da média].
Segundo os meteorologistas do CGE, a condição não é atípica. “O verão se caracteriza por uma estação quente e úmida, o que favorece a formação de áreas de instabilidade com forte intensidade, normalmente no fim das tardes, quando a temperatura máxima já foi atingida”, explicou o meteorologista Thomaz Garcia.
A zona sul foi a região que mais acumulou chuva no período [867,2 mm]. Conforme Garcia, isto explica o fato de a represa Guarapiranga, situada na região, operar com mais de 80% da sua capacidade.
A expectativa do CGE é que, durante o outono, a chuva acompanhe a média de 204,8 mm para a estação nos últimos 15 anos. Nos últimos dois anos, choveu menos que a média: 189 mm em 2013 e 176,1 mm em 2014. (Agência Brasil/ Edição Carta Campinas)