Nos trabalhos de Ademir, a realidade social e as pessoas que fazem parte dela se destacam. As cenas se dividem com os olhares, as expressões, as marcas sutilmente construídas pelo artista nos diversos rostos que ele retrata. Em cada uma das representações, ele parece buscar um detalhe que fala de infância, de tempo, de diversidade.
A técnica do lápis grafite sobre papel, ou mesmo a dos desenhos feitos a carvão, parecem reafirmar certa consciência realista de sua arte que está não só na estética da representação, atenta às coisas pequenas, como também ao ponto de onde ele parte: o mundo e as pessoas que nele vivem.
Estas últimas aparecem em todas as suas rugosidades, como representações carregadas de existência expostas diante do outro que as olha e que se identifica com algo transmitido por elas, ao mesmo tempo em que elas também se identificam com esse outro.
Natural de Indaiatuba, interior de São Paulo, Ademir reside em Campinas desde os 10 anos de idade. Trabalha atualmente com as técnicas do Hiper Realismo com lápis grafite, carvões, giz pastel e pinturas artísticas com aerografo.
Sua relação com a arte veio aos 15 anos quando participou de um concurso de desenhos e acabou ganhando com uma obra de arte abstrata, desde então, começou a fazer alguns quadros para vender. A arte ficou afastada durante o tempo em que trabalhou como metalúrgico. Em 2012, depois de observar os trabalhos de Paul Cadden e Charles Lavesso, o artista voltou a se dedicar às artes, particularmente aos desenhos na área da aerografia.
Entre as suas exposições já realizadas estão: Agosto das artes- Centro de Convenções Indaiatuba-2014 ; Projeto “in box” Estação Cultura de Campinas- 2014 . Expressões em Carvão e grafite – Livraria Pontes – 2015 e Folia das Cores Estação Cultura de Campinas -2015.
(Maura Voltarelli)