9975_639888936124474_5300325426256537259_nNos dias 11 e 12 de outubro acontece no Centro Cultural Casarão de Barão uma grande festa para celebrar a infância: o 14º Caruru de Minino. Organizado pelas Caixeiras da Guia para comemorar o dia de Cosme e Damião, este ano a festa terá oficina de “Música da Cultura da Infância”, com Lydia Hortélio, exibição do filme “Tarja Branca”, apresentação do espetáculo “Cada um é um”, além de muitas brincadeiras, samba de roda e comidas típicas (caruru, vatapá, acarajé).

A oficina “Música da Cultura da Infância” será ministrada por Lydia Hortélio. Lydia é formada em música e tem dedicado grande parte de sua vida à pesquisa da Música da Cultura Infantil, bem como à Cultura da Infância, em sua máxima expressão que é o brincar. Fundou a Casa das Cinco Pedrinhas, que é um lugar de vivência, de reflexão e de irradiação da Cultura da Criança. Produziu dois CD ́s, frutos de suas pesquisas: “Abra a Roda Tin do le lê” e” Ó, Bela Alice, Música Tradicional da Infância no Sertão da Bahia no Começo do Século XX”. É responsável pelo módulo “Iniciação à cultura da criança” no curso “A arte do brincante para Educadores”, do Instituto Brincante.

Já o filme que será exibido, “Tarja Branca”, fala do brincar como um dos atos mais ancestrais desenvolvidos pelo homem, tanto para se conhecer melhor quanto para se relacionar com o mundo. Mas o que esse ato tão primordial pode revelar sobre nós, seres humanos, e sobre o mundo em que vivemos? Por meio de reflexões de adultos de gerações, origens e profissões diferentes, este documentário dirigido por Cacau Rhoden discorre com pluralidade sobre o conceito de “espírito lúdico”, tão fundamental à natureza humana, e sobre como o homem contemporâneo se relaciona com esse espírito tão essencial.

O espetáculo “Cada um é um” propõe um espaço imaginário destacado do cotidiano, de onde saem histórias, brincadeiras, músicas, bonecos e desafios. De fácil comunicação e linguagem simples, o espetáculo apresenta-se como se fosse uma caixa de surpresas, concretizada no cenário feito com cortinas de teatro, janelas, objetos antigos, entradas, saídas e até um palco para bonecos de luva. De lá, sempre aparece uma novidade, os atores da trupe confrontam-se com o estranhamento e o mistério: um ser esquisito que fala e se mexe; uma bola mágica que aparece e desaparece sozinha; um simpático par de bonecos. Todas as cenas são pontuadas e intensificadas pela música e sonoplastia de composição original de Adriel Job, que executa o som ao vivo com instrumentos de percussão, sopro, cordas e efeitos. A peça foi delineada a partir de quadros independentes, unificados pela relação dos atores com uma brincadeira-desafio sobre a diferença e peculiaridade de cada um. A direção do espetáculo é de Ana Caldas Lewinsohn e ele surge todo como uma grande brincadeira que comunica em suas entrelinhas o respeito e a aceitação do outro, a existência das diversas singularidades como potência de encontro, potência de vida. (Carta Campinas com informações de divulgação)

* As Caixeiras da Guia são o resultado de um encontro de pessoas que foram chamadas pela caixa do divino e que, apaixonadas pelo toque desse tambor, assimilaram canções tradicionais e recriaram-nas a partir de sua própria sensibilidade e de seu próprio colorido. O grupo é formado por pessoas de diferentes formações (professoras, arte-educadoras, artistas, fotógrafas, psicólogas, biólogas, terapeutas, jornalistas e um engenheiro) e desde 2003 o grupo encontra-se semanalmente para cantar e tocar a caixa do divino. As Caixeiras do Maranhão são uma das fontes de pesquisa e inspiração do grupo, não só no sentido musical como também na missão de cantar e tocar para saudar estas, as casas, as pessoas, as comidas e os santos. Além dessa influência, estudam toques e canções das mais diversas manifestações da cultura popular, principalmente aquelas ligadas ao universo sagrado feminino. Ritmos como o afoxé, congada, lelê, samba de roda e cantos de escravos despertaram o interesse e foram apropriados e recriados. O festejo para Cosme e Damião tornou-se umas das tradições do grupo, que, com amigos e convidados, fazem uma festa para crianças de todas as idades.

14º Caruru de Minino – Programação
Sábado 11 de Outubro
15h às 18h
Oficina “Música da Cultura da Infância”
com Lydia Hortélio
Vagas limitadas
Inscrições com Priscila Candeloro pelo e-mail: [email protected],
assunto: Inscrição na Oficina “Música da Cultura da Infância”
18h30
Exibição do filme “Tarja Branca”
Depois do filme: bate-papo com Lydia Hortélio

Domingo 12 de outubro
11h
Espetáculo “Cada um é um”
12h às 13h
Brincadeiras no quintal
13h às 13h30
Samba de roda com Caixeiras da Guia e amigos
13h30 às 15h
Almoço – Caruru de Minino com comidas típicas

Local:
Casarão do Barão: Estrada da Rodhia.
(Após a Escola E. Francisco Álvares, na Vila Holândia, vire à esquerda no condomínio Terras do Barão e siga umas 4 quadras até encontrar um casarão rosa)