violeta2-465x346A programação de cinema no Espaço Cultural Casa do Lago, na Unicamp, exibe entre os dias 22 e 29 de agosto produções de países da América Latina como México, Colômbia, Cuba, Chile e Peru, proporcionando ao público um “Passeio pela América Latina”.

A semana começa com a exibição de “Depois de Lúcia”, de Michel Franco na segunda-feira, 25. Quando a esposa de Roberto (Gonzalo Vega Jr.) morre, a relação dele com sua filha Alejandra (Tessa Ia), de 15 anos, fica abalada. Para escapar da tristeza que toma conta da rotina dos dois, pai e filha deixam a cidade de Vallarda e rumam para a Cidade do México em busca de uma nova vida. Alejandra ingressa em um novo colégio, e sentirá toda a dificuldade de começar de novo quando passa a sofrer abusos físicos e emocionais. Envergonhada, a menina não conta nada para o pai, e à medida que a violência toma conta da vida dos dois, eles se afastam cada vez mais. 

Na terça-feira, 26, a exibição será de  “Juan dos Mortos”, de Alejandro Brugués. Juan (Alexis Díaz de Villegas) é um sujeito de 40 anos especializado na arte de não fazer nada. Um dia, se depara com uma misteriosa infecção que está transformando os habitantes de Havana em mortos-vivos famintos. Juan, como um bom cubano, decide começar um negócio ao lado do amigo Lazaro (Jorge Molina) para tirar vantagem da situação. Eles se especializam em assassinar zumbis e trabalham com o slogan “Matamos seus entes queridos”. O negócio acaba sendo afetado com o crescimento constante do número de infectados. 

“Maria Cheia de Graça”, de Joshua Marston, será exibido na quarta-feira, 27. Aos 17 anos, Maria (Catalina Sandino Moreno) vive numa pequena localidade ao norte de Bogotá, na Colômbia. Ela e sua amiga Blanca (Yenny Paola Vega) trabalham em uma grande plantação de rosas, retirando espinhos e amarrando as flores, tarefa entediante que obedece a regras rígidas. As únicas diversões de Maria são o namoro com Juan (Wilson Guerrero) e as festas na praça do lugarejo. Certo dia, pouco depois de descobrir que está grávida, ela se envolve numa discussão e é demitida. Decidida a melhorar de vida e tentar a sorte na cidade grande, a jovem aceita a oferta de um conhecido: transportar heroína para Nova York em seu próprio estômago. 

“Violeta foi para o céu”, de Andrés Wood, poderá ser visto na quinta-feira, 28. O filme conta a trajetória da compositora, artista e cantora chilena Violeta Parra. Esta biografia não segue uma linha cronológica, focando-se em diversos momentos da vida de Violeta, como sua infância na província de Ñuble, sua viagem pelo interior do Chile, as visitas à França e à Polônia, além do romance que ela teve com o suíço Gilbert Favre. O filme é inteiramente intercalado com trechos de uma entrevista que Violeta Parra deu à televisão em 1962.

“A Teta Assustada”, de Claudia Llosa, é um folclore existente no Peru, que atinge as mulheres estupradas durante a guerra do terrorismo. Seus filhos absorvem a doença através do leite materno, ficando sem alma. É o que ocorre com Fausta (Magaly Solier). A súbita morte de sua mãe faz com que ela tenha que enfrentar seus medos e o segredo que esconde: a existência de uma batata em sua vagina, como forma de se proteger de um possível estupro. A exibição será na sexta-feira, 29, encerrando a programação.

Todas as exibições são gratuitas e acontecem em dois horários, às 16h e às 19h. (Carta Campinas com informações de divulgação)