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A cara da Justiça brasileira: pobre preso e rico solto

Dezenove ativistas foram detidos hoje (12) por suspeita de envolvimento em atos violentos durante protestos nos últimos meses no Rio. A ação, deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, cumpriu mandados de prisão temporária, expedidos pela 27ª Vara Criminal da Capital.

Mas a mesma justiça carioca deixou fugir Raymond Whelan, sócio da Fifa e considerado o maior cambista do mundo. A polícia o acusa de ser chefe de uma quadrilha que vendia ingressos da Fifa. Ele foi solto pela desembargadora do plantão, Marília Castro Neves Vieira, durante a madrugada da última terça-feira.

Os ativistas detidos foram levados para a Cidade da Polícia, no bairro do Jacaré, subúrbio da cidade. Um professor de História, cujo nome não foi divulgado, foi detido em casa, na Urca, zona sul carioca. No imóvel, a polícia encontrou uma máscara de proteção contra gás lacrimogêneo. Em Porto Alegre, a polícia prendeu hoje cedo, na casa do namorado, a ativista Elisa Quadros Sanzi, a Sininho, que deve embarcar no final da tarde no Aeroporto Salgado Filho com destino ao Rio, escoltada por policiais civis fluminenses para cumprir o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça.

Computadores, laptops e até material explosivo foram apreendidos durante a ação, segundo a Polícia Civil. A corporação vai detalhar, em entrevista coletiva na Cidade da Polícia, o motivo da realização da operação no fim de semana, um dia antes da final da Copa do Mundo. O chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, e o titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, Alexandres Dias, que coordenou toda a operação, falarão com a imprensa no começo da tarde. (Agência Brasil/Carta Campinas)