Um projeto piloto deste espetáculo já foi apresentado pelo Lume em outubro do ano passado com cerca de 100 artistas. No entanto, essa apresentação foi apenas uma etapa da produção deste grande espetáculo que agora será apresentado com todas as cenas e recursos técnicos que não forma utilizados na apresentação anterior.
O espetáculo, mistura diversas linguagens artísticas, como é próprio da arte moderna e contemporânea. Neste sentido, há música, canto, dança, teatro e circo, além de um show multimídia com projeções nas fachadas dos prédios da região. Outro dado interessante é que a apresentação do grupo em Campinas ocorrerá simultaneamente à do coletivo artístico Conflux, que ocorrerá no Centro de Glasgow, na Escócia.
Trechos do espetáculo escocês serão projetados em tempo real nos prédios das praças em um ousado diálogo artístico. O termo inglês “perch”, que significa “empoleirar-se”, ajuda a compreender o objetivo desta intervenção artística que passa por um reposicionamento das pessoas em outros ângulos. Trata-se de medos, superações, e, como o próprio nome do espetáculo sugere, voos e quedas a acontecer em diversos espaços da sociedade também representados no espetáculo.
Urbano e moderno em sua constituição e proposta central, o espetáculo parece propor, em sua narrativa fragmentada, além do pensamento sobre as pessoas, um pensamento sobre a cidade, o lugar onde cada vez mais vivemos e que, cada vez mais, podemos explorar artisticamente.
Os músicos da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e da Sinfônica da Unicamp interpretarão a trilha sonora composta exclusivamente para o espetáculo pelo músico irlandês Stephen Deazley. Os músicos tocarão sob a regência do maestro Victor Hugo Toro. A trilha é um dos pontos comuns que devem unir as apresentações além-mar, sendo executada também no espetáculo de Glasgow pela National Youth Orchestras of Scotland’s Senior Orchestra. (Carta Campinas com informações de divulgação)