10409675_752424864820272_7856414442664966729_nNo próximo sábado, 19 de julho, às 16h, o ciclo “Aula de Cinema”, que tem curadoria do jornalista e crítico de cinema Ricardo Pereira, exibirá gratuitamente o filme “Na Idade da Inocência”, do diretor francês François Truffaut, no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas.

A infância é um dos temas favoritos de François Truffaut. Depois de evocar a sua própria (em “Os Incompreendidos”) e ter tratado da educação (em “O Garoto Selvagem”), ele decide, em “Na Idade da Inocência”, mostrar simplesmente o cotidiano das crianças. É sempre muito prazeroso rever o fino traço psicológico com que Truffaut caracteriza seus personagens, além de seu amor e respeito pelas crianças.

A infância do cineasta francês foi marcada pelo abandono e na juventude ele foi afastado do exército de forma desonrosa por ter desertado. Mas era apaixonado por cinema e trabalhou como crítico de filmes para o Cahiers Du Cinéma (officiel), conhecendo Godard, Chabrol, Rivette e Rohmer. Hitchcock era seu ídolo e publicou um livro de entrevistas com ele, mesmo estando indeciso entre casar-se com sua filha ou a sobrinha de Renoir. Finalmente casou-se com uma herdeira usando seu dote para financiar a maioria de suas produções. Forneceu a estória para “Acossado” (1960), de Godard, e passou a co-produzir trabalhos de amigos e colegas. Seu primeiro longa-metragem, “Os Incompreendidos” (1959), falava de uma criança tão problemática e delinquente como ele havia sido, cuja paixão, comprometimento e espontaneidade transformaram-no num marco da Nouvelle Vague francesa. Seu talento pode ser apreciado em “Jules e Jim” (1961), “O Garoto Selvagem” (1970), “Na Idade da Inocência” (1976), “A Noite Americana” (1973), “O Homem que Amava as Mulheres” (1977), “O Último Metrô” (1980) e “A Mulher do Lado” (1981).

A exibição é seguida de debate. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Local:

Museu da Imagem e do Som de Campinas
Palácio dos Azulejos
rua Regente Feijó, 859
Centro