10516630_748000485262710_1541297541301665142_nNeste final de semana, o Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas traz sessões de cinema gratuitas para o público seguidas de debate.

Na sexta-feira, 11, às 19h, será apresentado o filme “Capote”, com direção de Bennett Miller, como parte das exibições de alguns dos principais filmes de que participa o ator Philip Seymour Hoffman dentro do ciclo “Ator”. A produção americana de 2005 é uma cinebiografia do escritor Truman Capote (Philip Seymour Hoffman). O filme foca principalmente o período em que Capote fez reportagens para seu livro mais marcante, A Sangue Frio, sobre o assassinato de uma família de Kansas, cometido por uma dupla de forasteiros. Nesse período, o escritor desenvolveu uma estreita relação com Perry Smith (Clifton Collins Jr.), um dos assassinos. 

No sábado, 12 de julho, às 16h, o ciclo “Aula de Cinema”, que tem curadoria do jornalista e crítico de cinema Ricardo Pereira, apresentará o filme “Janela Indiscreta”, um dos clássicos do diretor Alfred Hitchcock. No filme de 1954, com a perna quebrada, o fotógrafo L. B. Jeffries (James Stewart) não pode sair de seu apartamento. Para passar o tempo, observa seus vizinhos através da janela com uma lente teleobjetiva e se convence que um deles mata a própria esposa e desaparece com o corpo. Sua namorada Lisa (Grace Kelly) o ajuda na missão de descobrir o assassinato. 

O filme é visto como uma “aula de cinema” pois é construído de forma tão minuciosa quanto seu complexo cenário. Assisti-lo é como observar um ecossistema vivo, pulsante, com a emoção adicional de um misterioso assassinato para completar. Hitchcock se diverte com o cenário particularmente pós-moderno do filme: nós, os espectadores, somos hipnotizados pelas ações dos personagens, que, por sua vez, estão hipnotizados pelas ações de outros personagens. É um círculo vicioso de obsessão arrematado com humor negro e um toque de sensualidade.

O mestre do suspense, Alfred Hitchcock (1899-1980), nasceu em Leytonstone, a leste de Londres, e recebeu uma rígida formação católica. Entrou para o mundo do cinema em 1920 como autor de roteiros, quando os estúdios Famous Players-Lasky inauguraram uma filial em Londres. Logo se tornou assistente de direção. Seus dois primeiros filmes “The Pleasure Garden” (1925) e “The Mountain Eagle” (1926), agora perdidos, foram feitos na Alemanha, mas foi o terceiro, “O Inquilino” (1927), que lhe trouxe aplausos do público. Seu thriller policial “Chantagem e Confissão” (1929), foi feito inicialmente como filme mudo e depois como o primeiro falado da Grã-Bretanha. Os anos 30 trouxeram um fluxo de bons suspenses, incluindo “O Homem que Sabia Demais” (1934), “Os 39 Degraus” (1935) e “A Dama Oculta” (1938). Em seguida, assinou um contrato com David Selznick, migrando para os Estados Unidos, para filmar “Rebecca, a Mulher Inesquecível”, que ganhou o Oscar de Melhor Filme. Seus trabalhos americanos incluem os excepcionais suspenses “Suspeita” (1941), “A Sombra de uma Dúvida” (1943), “Pacto Sinistro” (1951), “Janela Indiscreta” (1954), “Ladrão de Casaca” (1955), a refilmagem de “O Homem que Sabia Demais” (1956), “O Homem Errado” (1957), “Intriga Internacional” (1959), “Psicose” (1960) e “Os Pássaros” (1963). “Um Corpo que Cai” (1958), com Kim Novak e James Stewart, foi eleito o melhor filme de todos os tempos pela conceituada revista Sight and Sound. 

Para fechar as exibições do final de semana, o filme “Antes que o diabo saiba que você está morto”, com direção de Sidney Lumet, será exibido às 19h30, como parte do ciclo “Ator”. O filme conta a história de Andrew “Andy” Hanson, papel de Philip Seymour Hoffman, um viciado em drogas cuja carreira de executivo está desmoronando.

Para se livrar de uma auditoria, que demonstrará graves problemas na sua área, Andy convence o irmão Hank (Ethan Hawke), que também tem problemas financeiros, a assaltar a joalheria dos pais deles, Charles e Nanette. (Carta Campinas com informações de divulgação)