As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGB), que calcula o IGP-10 com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
A forte desaceleração nos preços que compõem o Índice de Preços ao Produtor (IPP) foi decisiva para a desaceleração do IGP-10, entre maio e junho. O IPP fechou junho com queda de 1,41%, depois de diminuição em maio de 0,22% – acumulando assim em dois meses queda de 1,63 ponto percentual.
O Ibre destacou a forte deflação dos preços do grupo bens finais (- 1,45%), resultado quase dois pontos percentuais abaixo do registrado no mês anterior (1,87%). Contribuiu para esta desaceleração o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,18% para – 12,17%: deflação de 13,35 pontos percentuais.
Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo alimentação (de 1,16% para 0,13%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 2,72% para -6,49%. Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos saúde e cuidados pessoais, transportes, vestuário e habitação. Em contrapartida, três classes de despesa apresentaram acréscimo em suas taxas: educação, leitura e recreação, despesas diversas e comunicação.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em junho, taxa de variação de 1,78%, acima do resultado do mês anterior, de 1,06%, sendo, portanto, o único a fechar o mês com alta de preços em relação a maio: 0,72 ponto percentual.
Em junho do ano passado, a variação havia sido 0,63%. Com a deflação de junho, a variação acumulada no primeiro semestre do ano ficou em 2,84% e a dos últimos 12 meses (taxa anualizada) acumula alta de 6,61%.
Alimentos também registram queda de preço
A inflação medida pelo Índice de preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), na segunda semana de junho, apresentou variação de 0,36% – queda de 0,1 ponto percentual em relação à taxa da semana anterior. O dado foi divulgado também nesta segunda-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Cinco das oito classes de despesa que compõem o índice tiveram decréscimo, sendo que a maior contribuição veio do grupo alimentos (caiu de 0,39% para 0,06%). Também sofreram quedas os grupos transportes (0,31% para 0,19%), habitação (0,56% para 0,54%), saúde e cuidados pessoais (0,60% para 0,53%) e despesas diversas (1,1% para 1,06%).
Entre os itens que registraram maiores variações, estão a tarifa de ônibus urbano (de 0,54% para 0,14%), a eletricidade residencial (de 1,92% para 0,89%), os medicamentos em geral (de 0,57% para 0,4%) e o jogo lotérico (de 9,55% para 8,31%).
Apresentaram alta os grupos vestuário (de 0,17% para 0,35%), educação, leitura e recreação (de 0,62% para 0,64%) e comunicação (de 0,18% para 0,2%). Destacaram-se as roupas (de 0,03% para 0,4%), hotel (de 2,57% para 4,13%) e mensalidade de televisão por assinatura (de 0,08% para 0,28%). (Agência Brasil/Carta Campinas)