Pelo menos dois partidos políticos, PV e PSOL, com candidatos à presidência da República têm propostas para a descriminalização da maconha.
O PV tem a proposta do deputado Eurico Júnior (PV-RJ) que protocolou em fevereiro na Câmara dos Deputados. O projeto de lei propõe a legalização e regulamentação do cultivo e da comercialização da maconha no Brasil. A proposta autoriza a plantação em residências, além da produção para uso medicinal e recreativo. A matéria também cria mecanismos para o poder público monitorar a produção da erva. No PSOL, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) protocolou em março um projeto de lei que regula a produção e comercialização da maconha e seus derivados, tornando a Cannabis uma droga lícita com uma regulação e restrições semelhantes às do álcool e o tabaco, descriminaliza a posse de qualquer tipo de drogas, inclusive as ilícitas, para consumo pessoal, assim como autocultivo e dispõe sobre políticas de redução de danos para usuários de todo tipo de drogas, além de outras propostas. Se assumidos como propostas pelos próprios candidatos dos partidos, pode haver uma mudança na forma como o tema tem sido debatido nas eleições, quando foi tratado com ignorância, desinformação e muito tabu e preconceito. O Partido Verde (PV) definiu neste sábado (14) o médico e ex-deputado federal Eduardo Jorge como candidato da legenda na eleição para presidente da República, em outubro. A atual vice-prefeita da Bahia, Célia Sacramento, também do PV, complementa a chapa como vice. Segundo Eduardo Jorge, que também foi secretário municipal de Saúde e de Meio Ambiente de São Paulo, além de deputado estadual, o PV quer se colocar como opção alternativa na disputa. “A população está muito irritada e descontente com os atuais representantes e os partidos políticos. Querem lições novas, avançadas, de vanguarda, renovadoras, essenciais para a defesa nos nossos países do planeta e acho que vamos ter um trânsito grande nesse debate, nessa conversa com os cidadãos a partir de julho”, afirmou. O PSOL tinha como candidato o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), mas ele desistiu na última semana. A vaga deverá ser ocupada pela deputado Luciana Genro (PSOL-RS). (Carta Campinas)