Nesta terça-feira, 10 de junho, às 19h, dois filmes serão exibidos no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas, como parte do ciclo “O Golpe de 64 e a Ditadura Militar”, realizado pela Comissão Municipal da Memória, Verdade e Justiça de Campinas com apoio da Comissão de Anistia.
Serão exibidos os filmes, “Anistia 30 anos” (2009), com direção de Luiz Fernando Lobo, que retrata a história da Ditadura Militar no Brasil e a luta do povo brasileiro pela liberdade e pela anistia; e o filme “Os Militares da Democracia, os militares que disseram não”, com direção de Sílvio Tendler, que retrata a história dos militares que resistiram e se recusaram a participar do golpe militar de 1964 e o combateram desde o primeiro dia.
Os militares retratados no filme de Tendler lutaram pela Constituição, pela legalidade e contra o golpe de 1964, mas a sociedade brasileira pouco ou nada sabe a respeito dos oficiais que, até hoje, ainda buscam justiça e reconhecimento na história do país. O filme resgata, através de depoimentos e registros de arquivos, as memórias repudiadas, sufocadas e despercebidas dos militares perseguidos, cassados, torturados e mortos, por defenderem a ordem constitucional e uma sociedade livre e democrática.
As exibições são gratuitas e seguidas de debate e acontecem no Museu da Imagem e do Som de Campinas que fica no Palácio dos Azulejos – Rua: Regente Feijó, 859 (Carta Campinas com informações de divulgação)
Nunca é bom deixar de lembrar os desmandos da ditadura implantada pelo golpe de 1o. de abril. É comum ouvir-se “o que está faltando neste pais é uma ditadura”. Certamente quem profere tal frase ou não sabe o que é uma ditadura ou é um asno. O golpe implantado no Brasil em 1964 foi promovido por interesses econômicos de empresários brasileiros e multinacionais americanas,com a conivência do governo dos EUA,assustados com as reformas de Jango, com o risco de seccionarem o Brasil territorialmente, uma das razões de João Goulart não ter reagido ao golpe, além de estar totalmente isolado e desamparado pela direita e esquerda, ambas radicalizadas. Vale lembrar o risco de intervenção militar americana com a operação Brother Sam a pedido de brasileiros sem o menor pudor patriótico. Daí terem inventado a tese da ameaça comunista, que não havia nem em sonho, mas que as Forças Armadas, doutrinadas por Washington, encamparam a idéia por ingenuidade. Há quem defenda a tese de que Kennedy for morto por ser sido suave (soft) demais para lidar com os interesses da multinacionais no Brasil. O chamado Golpe de Estado americano. Uma bala no chifre do presidente e está tudo resolvido. Barato e eficiente. É um assunto longo para dissertar para perder tempo tentando explicá-lo em algumas linhas. Boa inicativa a exibição dos filmes.