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Caricaturas, pinturas e poemas constroem a arte múltipla de Fabiano Carriero

Moça Margarida,
acrílica verão de 2011

Neste mês de maio, o artista plástico Fabiano Carriero ilustra com a obra “Moça Margarida” o site Carta Campinas no projeto Carta Campinas Visuais. Nascido em Campinas, além de artista plástico Fabiano é cartunista e imprime em sua arte traços característicos, imagens de infância, e diversos personagens que compõem o seu universo artístico feito de muitas cores e formas.

O aspecto social, que historicamente marca a arte do cartoon, a maneira peculiar de denunciar, ou simplesmente mostrar o que muitas vezes não é visto, por meio do humor que se potencializa nas formas distorcidas, às vezes mínimas, às vezes exageradas, deslocadas de seu lugar tradicional e constantemente experimentadas; atravessa os desenhos, as pinturas e também as poesias – em letra e imagem- de Fabiano.

O artista cresceu em Araruama e atualmente cursa a Faculdade de Artes Visuais na PUC-Campinas. Participa ativamente das mostras de arte do Centro de Convivência, exibindo ao público suas obras, que têm a alma das ruas, dos muros e dos telhados. O artista tem publicações e exposições em diversas linguagens: ele faz poesia cheia de imagens e seus desenhos têm poesia crua nos traços.

Fabiano Carriero

Fabiano também mantém um estúdio em Campinas que vem sendo utilizado desde 2012 para exposições coletivas, além de abrigar sua obra. Sete exposições já foram feitas no local. Como um artista do espaço urbano e marcado por ele, Fabiano também vende suas telas e caricaturas no Centro de Convivência desde dezembro de 2007.

No seu trabalho artístico, as caricaturas ocupam um lugar de destaque e Fabiano revela-se muito à vontade no gênero, fazendo também caricaturas ao vivo. Seus trabalhos se estendem para a área do jornalismo, onde o artista faz charges, jogos de 7 erros e a tira do seu personagem Brasiu no jornal em que trabalha. Desde 2012, ele também tem feito, por conta própria, alguns projetos de livros infantis, um já foi publicado virtualmente, “O Marujo que virou Capitão”.
(Maura Voltarelli)

Abaixo, deixamos um pouco da arte de Fabiano, além dos desenhos e telas, também reproduzimos uma de suas poesias, diferentes linguagens de um pulsante e novo estilo artístico.

Caricatura de Vinicius de Moraes
Menina dos olhos verdes, acrílica 2012 acervo
Na sola do copo, primavera de 2013
2 de fevereiro
acrílica, primavera de 2013
Zé Pilintra, acrílico
Jangada de Zézinho
no amar da vovó

Sinuca de Jão

Trombando na esquina
Jão
se imbicou
numa lua inteira daquela quina
onde havia,
um apoia’dor de copos/corpos
de quatro pés parados
e
Antes que terminasse a primavera,
surgiam nuvens de cachaça, e ele
lá espiando,
de cotovelos fincados na mesa amarela
“Jão” vendo pela sola do copo amores amantes Maria Juremas e pedindo outra dose, doce do’cê….
sem balacobaco,
sem sonho
Então, isolado de todos, a poesia começou a cantar…
Com batidas de tambor
e mandingas
soltas
numa caixa de fósforos bamba
Foi assim
diante de uma lua maria qualquer
imbicado no
no copo vazio
que Jão se fez poeta
para falar de Marias, Rosas e Juremas.

Emilio di Sant

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