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Advogados Ativistas publicam respostas dadas à Veja para evitar manipulação

Um grupo intitulado Advogados Ativistas, que defendem manifestantes que são presos durante protestos, foram procurados pela revista Veja para dar uma entrevista. Diferente da socióloga Sílvia Viana, que se recusou a dar entrevista e mostrou seus motivos, os advogados diante da insistência da revista, “preferiram sim”. E responderam por e-mail, mas resolveram publicar as respostas para se precaver de manipulações que possivelmente seriam feitas pela revista. Veja alguns dos melhores momentos das respostas dos advogados ativistas à Veja.

Veja: Quais são as causas mais emblemáticas pelas quais o movimento já lutou desde junho de 2013?

AA: Principalmente a defesa da Democracia e da Constituição, as quais vêm sendo incessantemente violadas.

Veja: Quais são suas bandeiras?

AA: Não carregamos bandeiras.

Veja: O que é necessário fazer para participar?

AA: Não ser leitor da Veja é um bom começo.

Veja: Como vocês se mantém?

AA: Somos advogados, ora.

Veja: Pode definir o conceito de advocacia “pro bono”?

AA: É a advocacia gratuita para o bem do povo. Bastava jogar no Google, essa foi fácil.

Veja: Quais os obstáculos que enfrentam para garantir o direito de ampla defesa dos manifestantes?

AA: A Veja, por exemplo, é um dos obstáculos, pois criminaliza qualquer forma de pensamento diferente do seu.

Veja: Os senhores já receberam honorário de algum cliente que atenderam nas manifestações?

AA: Nao visamos lucro algum, mas podemos começar a receber quando a Veja informar quem paga a tal “Bolsa Manifestação”.

Veja: Quais são as principais orientações do Manual do Manifestante? Por quais mudanças ele já passou desde a primeira versão?

AA: O Manual está disponível na página do Advogados Ativistas e é de fácil compreensão. Recomendamos a leitura.

Veja: Os senhores foram apontados como advogados de Humberto Caporalli e Fabricio Proteus, apontados pela policia como adeptos à tática black bloc. Qual a posição dos senhores sobre os black blocs?

AA: Não generalizamos estereótipos e tão pouco criamos inimigos fictícios, isso é trabalho da Veja.

Veja: Na confusão das manifestações e porta de delegacias, é possível distinguir os manifestantes adeptos e não adeptos da tática black blocs?

AA: Não entendemos no que se aplica ao grupo esta pergunta.

Veja: Os senhores prezam pelo direito de se manifestar e defendem todos sem restrições?

AA: Ao contrário do que algumas pessoas (e a Veja) pregam, de acordo com a Constituição todos tem Direito a Defesa. Veja só que coisa (com o perdão do trocadilho).

Veja: Já se recusaram a defender algum manifestante?

AA: Nunca, inclusive se algum repórter da Veja for preso em alguma manifestação pode nos contatar que iremos defendê-lo, já que o direito de defesa é para todos, mesmo que este veículo propague o contrário. (Vi o Mundo)

 

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