O Museu da Cidade, inaugurado em 3 de abril de 1992 e localizado na rua Andrade Neves, no local onde funcionava uma antiga fábrica de fundição de ferro e bronze, está fechado há quase cinco anos sem que a população de Campinas possa ter acesso a esse importante local que guarda a memória da cidade.
O Museu reúne dois patrimônios culturais, um deles é o próprio prédio com sua arquitetura histórica e de traços antigos, o outro é o próprio acervo do museu que conta a história da cidade com documentações sobre os períodos dos tropeiros, do café e das ferrovias. O local reúne peças históricas, de folclore e arte indígena resultantes do acervo de outros três museus que funcionavam no Bosque dos Jequitibás: Museu Histórico, Museu do Folclore e Museu do Índio.
As peças estão organizadas em coleções de arqueologia, arte plumária e cestaria, objetos e quadros que datam do século 19, entre outras doações, algumas trazidas de expedições no centro-oeste e região norte por pesquisadores e estudantes da cidade, no final da década de 1950 e durante a década de 1960.
Com o objetivo de resgatar todo esse patrimônio e devolver mais um espaço cultural da cidade de Campinas à população, a Prefeitura Municipal recuperou o direito de posse de uso do imóvel por um período de dois anos.
A recuperação do direito de uso aconteceu por meio da assinatura do Termo de Uso do imóvel pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette, e pelo diretor-presidente da proprietária do imóvel, a Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS), Miguel Calderaro Giacomini.
Com a recuperação do direito de uso, a administração municipal, por meio da Secretaria de Cultura, pretende colocar em prática os projetos de revitalização do museu e buscar verbas nos governos estadual e federal para devolver o Museu recuperado à população de Campinas.
O secretário de cultura Ney Carrasco enfatizou a importância de revitalizar o local e buscar investimentos já que o Museu guarda a memória da cidade e o acesso da população ao local permite que a história de Campinas não só seja conhecida, como também continue sendo lembrada, discutida e colocada em movimento pela população.
Um projeto de reforma do telhado e das instalações elétricas, ainda a ser executado, já foi elaborado pela prefeitura, mas a previsão é que as obras de revitalização só comecem no segundo ano de cessão do imóvel. (Carta Campinas com informações de divulgação)