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‘O discreto charme da burguesia’ será exibido na Casa do Lago

A Programação de Cinema do Espaço Cultural Casa do Lago, na Unicamp, traz para essa semana, de 4 a 8 de novembro, uma variedade de produções cinematográficas com exibição gratuita.

Nesta terça-feira será exibido o filme de Marcelo Gomes “Era uma Vez Eu, Verônica”. O filme se passa em Recife. Verônica (Hermila Guedes) tem 24 anos e vive uma fase de transição. Ela mora com o pai, José Maria, e acabou de se formar em Medicina. Sem tempo para a agitada vida que tinha quando era estudante, ela agora se dedica ao início da vida profissional em um ambulatório de hospital público. As condições são precárias e o cotidiano muito cansativo, não apenas pelo trabalho em si mas também por ouvir os problemas de dezenas de pacientes todo dia. Uma noite, ao voltar para casa, ela resolve usar o gravador para falar de seus próprios problemas. O início do filme segue o melhor estilo dos contos de fadas, com o clássico “era uma vez”. A exibição será em dois horários, às 16h e 19h.

“As coisas simples da vida”, de Edward Yang, será exibido na quarta-feira, dia 6 de novembro, também às 16h e 19h. O filme traz a história de NJ Jian que mora com sua esposa, seus dois filhos e a sogra já idosa, formando uma típica família de classe média. NJ é sócio de uma bem-sucedida empresa de computação, mas, se não buscar novos rumos, em breve irá à falência. Para tanto, ele busca fazer uma parceria com Ota, um inovador designer de jogos de computação no Japão, que pode dar o novo toque que sua empresa precisa. Mas as coisas começam a mudar para os Jian quando a integrante mais velha da família sofre um derrame e entra num coma do qual poderá nunca mais acordar. Neste meio tempo, NJ ainda reencontra Sherry, seu primeiro amor de infância, que reaparece em sua vida, agora casada com um americano.

O destaque da programação da semana é um clássico do cinema de Luis Buñuel, “O discreto charme da burguesia”, que será exibido na quinta-feira, 7 de novembro, às 16h e 19h. Um jogo surrealista e cheio de arte é o que encontramos neste filme de Buñuel. A estética peculiar ao diretor aqui se deixa ver em um enredo aparentemente simples, como são, de forma geral, os enredos de Buñuel, no entanto, logo o enredo se mostra potencial para inúmeras discussões bastante próprias ao nosso tempo. Seis pessoas de classe média se reúnem para jantar, mas são constantemente interrompidos, devido a estranhos acontecimentos. Mistura de situações reais da história com os sonhos e devaneios dos personagens, o filme se passa apenas durante uma tarde e é uma crítica feroz e feita com bastante humor às situações e a hipocrisia da vida social burguesa. O filme é vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 1972.

“O Elefante branco”, de Pablo Trapero, encerra a programação semanal com exibição às 16h e 19h na sexta-feira, 8 de novembro. No filme – que faz uma crítica à situação de negligência e abandono em que vivem os moradores da periferia de Buenos Aires, geralmente por aqueles que mais deveriam agir em seu favor – o padre Julián (Ricardo Darín) e o padre Nicolás (Jérémie Renier) trabalham ajudando os menos favorecidos na favela de Villa Virgen. O local é um antro de violência e miséria. A polícia corrupta e os próprios sacerdotes da Igreja nada fazem para mudar essa realidade e os dois clérigos terão de por suas próprias vidas em risco para continuar ao lado dos mais pobres. (Da Rede Carta Campinas com informações de divulgação)

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