A campanha de combate ao racismo É Racismo! Não É Um Mal Entendido recebeu vinte denúncias de possíveis crimes de racismo e/ou intolerância religiosa em oito meses, todos ocorridos em Campinas (SP). Deste total, cinco casos foram levados pela Coordenação da Campanha à autoridades, como o Ministério Público Estadual e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

Cartaz da campanha de combate ao racismo em Campinas
Cartaz da campanha de combate ao racismo

Com relação às outras quinze denúncias, as pessoas foram orientadas a registrar Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, de crime de racismo e/ou intolerância religiosa, e sobre outros possíveis encaminhamentos que poderiam tomar, como por meio da Defensoria Pública.

A campana é realizada pelo vereador Carlão do PT em parceria com militantes do movimento de combate ao racismo. Na avaliação do vereador, os dados obtidos neste período indicam a necessidade de uma campanha ampla e permanente por parte do Município (Prefeitura), que é quem tem o dever, a estrutura e os recursos necessários para fazer isso. Projeto de Lei (81/ 2013), de sua autoria, prevê o uso de espaços públicos ou de publicidade para campanhas educativas contra o racismo. A proposta está em tramitação na Câmara desde março.

Das vinte denúncias recebidas pela Campanha, a maioria envolve casos ocorridos no comércio (6), seguidas de intolerância religiosa (4), em escolas municipais (3), em relações de trabalho (3), por ação de policiais militares (2), na Internet (1) e de descumprimento da Lei Federal 10.639/ 2003 (1).

A Lei Federal  determina o ensino das histórias e culturas africana e afro-brasileira no ensino fundamental e médio de todas as escolas do País (particulares e privadas), mas não é cumprida na maioria das cidades. Esta denúncia foi feita no Ministério Público Estadual contra a Secretaria Estadual de Educação, pela não aplicação da Lei nas escolas estaduais de Campinas. (Carta Campinas com informação de divulgação)