A Operação Ouro Verde, que apura desvios de dinheiro da Saúde em Campinas, efetuou a prisão de cinco pessoas e o sexto elemento alvo de mandado de prisão já sinalizou que vai se apresentar, informou o Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Foram apreendidos computadores e dinheiro, dentre outros bens. Na casa de um servidor público de Campinas foi encontrada a quantia de 1,2 milhão em dinheiro. O Hospital Ouro Verde é administrado pela OS Vitale Saúde. Um dos presos é Fernando Vitor Torres Nogueira Franco, que é diretor da Vitale.

A operação foi realizada na manhã desta quinta-feira (30/11), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPSP), com o apoio da Polícia Militar. Segundo o MP-SP, esta é a primeira fase da Operação Ouro Verde, que tem a finalidade de desarticular grupo criminoso que desvia recursos públicos da área da saúde. Durante a investigação, apurou-se que um grupo por trás da Organização Social Vitale, que administra o Hospital Ouro Verde, utiliza a entidade sem fins lucrativos para obter indevida vantagem patrimonial.

De acordo com a investigação, essa vantagem foi obtida pelo desvio sistemático de recursos públicos da área da saúde. Estima-se que R$ 4 milhões foram desviados do Hospital Ouro Verde. Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão, na Capital e em Campinas, Bariri, Mogi das Cruzes, Santa Branca, São José do Rio Preto, Ubatuba e Várzea Paulista. Em Campinas, além da residência de investigados, a sede da Vitale, no Hospital Ouro Verde, e a Prefeitura de Campinas sofreram buscas. Não foram divulgados os nomes dos presos.

O prefeito Jonas Donizette (PSB) não soube explicar porque não enxergava que havia desvios com tantos problemas no Hospital na suga gestão. Também assinou a exoneração do dentista Anésio Curat Júnior, diretor do departamento de Saúde. Na casa dele, os investigadores apreenderam R$ 1,2 milhão.