mariana godoy divulgação rede TVO político Ciro fez duras críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao vice-presidente do Brasil Michel Temer (PMDB-SP), durante o programa “Mariana Godoy Entrevista” de sexta-feira (4). Ciro afirmou que Temer articula um golpe contra Dilma. “É o capitão do golpe”, disse.

Sobre Eduardo Cunha, Ciro afirmou que ele jamais poderia ter sido eleito presidente da Câmara. Ciro contou que já havia denunciado Cunha antes, o chamando de “ladrão” na Câmara, e foi processado por isso e, posteriormente, absolvido. “E quero lembrar uma coisa: ele chamou como testemunha dele o Michel Temer”, disse o ex-ministro.

“Democracia é um regime de conquista, de cidadania, você não pode ser leviano, tem que fazer um esforço na hora de votar”, afirmou.

Para Ciro, o impeachment pode “enfraquecer ou fortalecer um país” e citou o exemplo da saída do ex-presidente Fernando Collor como uma situação positiva na época. Mas o atual pedido é “um golpe puro e simples”, disse.

Ciro acredita que Dilma Rousseff é uma pessoa “honrada” e afirmou que “impeachment não é remédio para um governo ruim”. Ciro garantiu que Michel Temer seria “o capitão do golpe” e que Temer não será presidente: “Se ele assumir, no primeiro dia quem vai entrar com pedido de impeachment sou eu”.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, o vice-presidente Michel Temer deve se encontrar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) neste fim de semana em São Paulo; Temer deve repetir a ele o que disse a senadores do PSDB em Brasília: em caso de impeachment, buscará um governo de “união nacional”. E não será candidato à reeleição em 2018, deixando o caminho livre para postulantes como o governador paulista; articulação eleva possibilidade de participação do PSDB num eventual governo Temer.