pref. mun de ItanhaémEm parecer sobre as contas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) afirma que a culpa pela grave crise hídrica é da falta de planejamento do governo estadual, endossando, assim, as críticas que, há muito, vêm sendo feitas por ambientalistas. O TCE aprovou as contas de Alckmin, no fim de junho, mas a informação referente a gestão dos recursos hídricos foi revelada ontem (11).

Segundo o TCE, a Secretaria estadual de Recursos Hídricos recebeu vários alertas sobre a necessidade de um plano de contingência para para que a crise não chegasse “ao ponto em que se encontra atualmente, ou pelo menos para que seus efeitos fossem minimizados”.

Sobre a seca no estado, o tribunal listou ainda 20 recomendações que o governo deveria adotar para reduzir os impactos da crise, como a despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, a recuperação da represa Billings e o combate mais efetivo das perdas de água nas redes de distribuição.

Em nota, a Secretaria de Recursos Hídricos afirmou que nenhum instituto, ou especialista, previu a severidade da seca, na região Sudeste, em 2014, e que uma série de medidas foram executadas para reduzir os impactos, como a política de descontos para quem diminuir o consumo de água, o uso da reserva técnica do sistema Cantareira – o volume morto – e a ampliação da redução de pressão nas redes, que acabou acarretando a falta d’água em diversos bairros da capital paulista, principalmente na periferia. (RBA)