Categories: Economia Política

Trabalhadores da área de saúde da Unicamp aprovam greve contra autarquização

(foto divulgação -stu)

Em assembleia realizada nesta quinta-feira, 11 de dezembro, os trabalhadores e trabalhadoras da Unicamp aprovaram que nos dias 15 e 16/12, haverá greve por tempo determinado, contra o projeto de autarquização da área da saúde que será colocado em pauta no Conselho Universitário da Unicamp (Consu), no próximo dia 16 de dezembro. A assembleia foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Unificados (STU) da Unicamp.

Na última reunião extraordinária do Consu, em 02/12, os trabalhadores realizaram uma grande paralisação com apoio de estudantes, docentes, parlamentares, movimentos sociais. E, por conta dessa pressão da comunidade universitária e sociedade civil organizada, o projeto de autarquização que seria votado foi retirada de pauta pelos conselheiros com uma votação expressiva de 47 votos favoráveis a retirada e 17 contrários.

A Unicamp foi eleita a segunda melhor universidade da América Latina no ranking Times Higher Education Latin America University, 2026. A avaliação é considerada uma das mais importantes ferramentas internacionais de medição de desempenho acadêmico na região. E nossos hospitais são referência estando entre os melhores do Brasil. A perda do caráter público é um prejuízo não só para a cidade, como para o estado inteiro.

As experiências de autarquização e/ou terceirização de hospitais, como da Unesp e USP, demonstram a piora na qualidade do atendimento, a precarização das relações de trabalho mencionados pelos funcionários da saúde da USP e Unesp. A autarquização impacta também no processo de transparência dos recursos humanos e financeiros.

O STU se colocou frontalmente contra esse projeto apresentado pela reitoria, sem discussão com a comunidade universitária e a população usuária do Complexo Hospitalar da Unicamp.

Em nota, o STU afirma que os hospitais da Unicamp são da População. “E o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp vai continuar lutando em defesa da Unicamp 100% pública!” (Com informações de divulgação)


Carta Campinas

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