Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostrou que Facebook e Instagram são na realidade uma usina de fraude e desinformação contra a economia popular e a saúde da população brasileira. Além da desinformação política, as redes sociais da empresa Meta se transformaram num antro de falcatruas, segundo a pesquisa do NetLab, da UFRJ.
Os pesquisadores analisaram quase 170 mil anúncios no Facebook e Instagram e constataram que mais de 76% eram enganosos. Um índice absurdo que deveria gerar indignação social e investigação por parte dos órgãos públicos. Entre os mais de 6.579 mil analisados individualmente, cerca de 5 mil eram golpes relacionados à saúde.
Os dados fazem parte do relatório dos resultados parciais do projeto “Impactos da indústria da desinformação digital na saúde da população brasileira”, desenvolvido pelo NetLab UFRJ com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O principal objetivo do projeto é oferecer insumos para uma compreensão do ecossistema de anúncios fraudulentos em saúde de modo a informar o debate público e orientar estratégias de enfrentamento à desinformação em saúde no Brasil. Neste estudo, os pesquisadores analisaram como as plataformas da Meta facilitam a promoção de anúncios com desinformação e fraudes contra os consumidores. O resultado é espantoso.
“Entre os meses de abril e maio de 2025, coletamos quase 170 mil anúncios contendo termos relacionados à saúde que foram veiculados nas plataformas da Meta. Em seguida, analisamos manualmente uma amostra de 6.579 anúncios, buscando identificar as características, discursos e padrões presentes nessas campanhas. Nessa etapa, identificamos 4.997 anúncios fraudulentos (76% da amostra analisada) sobre saúde. A partir desta análise, treinaremos um classificador baseado em inteligência artificial (IA) para detecção de anúncios que irá analisar todos os anúncios coletados ao longo do projeto”, anotam.
Os resultados expõem os crimes cometidos pelas redes sociais e apontam para a existência de um mercado de fraudes que se beneficia da atuação pouco diligente das plataformas de redes sociais para burlar as normas de publicidade em saúde no Brasil, gerar lucro, disseminar conteúdos falsos e enganosos e explorar as vulnerabilidades dos usuários.
Segundo os pesquisadores, esse ecossistema expõe os usuários a um tipo de desinformação que causa danos gravíssimos à saúde, induz os consumidores a comportamentos prejudiciais, podendo resultar em perdas financeiras e danos psicológicos, agravamento de doenças, além de prejudicar a confiança dos usuários nas instituições de saúde. Portanto, ao permitir a circulação de fraudes em larga escala e a permanência de muitos desses conteúdos por longos períodos, a Meta demonstra falhas sistêmicas que comprometem a segurança e a integridade de seus usuários.
Segundo a pesquisa, os anúncios se concentram em doenças graves ou crônicas, oferecendo supostos tratamentos para câncer, diabetes, emagrecimento e disfunção erétil. Em 85% dos casos, basta um clique para que a vítima seja direcionada ao WhatsApp, onde os golpistas pressionam para fechar a “compra”. (Com informações do NetLab)
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