Cinco juízes receberam R$ 7,8 milhões em um mês, mais de 4 séculos de salário mínimo

(imagem reprodução)

Um verdadeiro assalto legalizado aos cofres públicos. Cinco juízes de primeira instância de Rondônia receberam sozinhos quase R$ 8 milhões em rendimentos líquidos apenas em novembro deste ano de 2025. O valor equivale a mais de 4 séculos de salário mínimo, cerca de 430 anos.

A reportagem sobre o tema foi divulgada pelo Estadão, de Guilherme Matos e Fausto Macedo, que mostra que o contracheque campeão é o do magistrado Danilo Augusto Kanthack Paccini, da 2ª Vara Cível da Comarca de Porto Velho – ele ganhou R$ 1.774.187,67 líquido dos cofres públicos, ou cinquenta vezes o teto do funcionalismo (R$ 35 mil líquido) pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Para o Tribunal de Justiça de Rondônia está tudo normal no Poder Judiciário. O TJRO informou que adota um ‘rigoroso e automático controle do teto constitucional em sua folha de pagamento’. “Eventuais valores que o excedem decorrem de parcelas legalmente previstas, de naturezas específicas, a exemplo do Benefício Especial. Também atua em estrita observância à legalidade e à transparência administrativa.”

Por meio do Portal da Transparência, o Tribunal de Justiça de Rondônia informa que os pagamentos estão amparados na Lei Estadual 5.348, de 2022, e na Resolução 305/2023. A Corte cita ainda a existência de um Pedido de Providências em tramitação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Ainda segundo a notícia, “o segundo holerite mais encorpado de novembro foi o do juiz Cristiano Gomes Mazzini (R$ 1.702.594,86), da 8ª Vara Cível da Comarca de Porto Velho. O terceiro maior subsídio líquido foi do juiz Wanderley José Cardoso (R$ 1.702.003,82), com lotação na Comarca de Porto Velho. Em quarto lugar está Ivens dos Reis Fernandes (R$ 1.607.888,39), que atua no 2º Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Cacoal. Fecha a lista o juiz Muhammad Hijazi Zaglout (R$ 1.028.381,02), da Comarca de Porto Velho. Os supersalários da magistratura rondoniense foram impulsionados principalmente por ‘verbas indenizatórias’.”


Discover more from Carta Campinas

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Comente