Estudantes indígenas que cursaram escolas públicas já podem se inscrever para o vestibular unificado das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal de São Carlos (UFSCar). No total, são oferecidas 195 vagas, 130 na Unicamp e 65 na UFSCar.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pela internet, na página da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), com acesso pelo link. Os candidatos devem indicar o interesse em até dois cursos, um em cada universidade, em uma única inscrição. O prazo vai até as 17h de 28 de novembro de 2025.
Para garantir a vaga, os candidatos aprovados deverão comprovar que pertencem a uma das etnias indígenas do território brasileiro durante a matrícula, entregando a documentação especificada em edital. Os editais com as regras, vagas por curso e o calendário completo do processo estão disponíveis nos sites das universidades.
Candidatos que fizeram a inscrição em outras edições do Vestibular Indígena e não compareceram para fazer as provas por duas ou mais vezes, sem justificativa, terão a inscrição indeferida.
A lista de inscrições deferidas será publicada em 5 de dezembro de 2025. O prazo para entrar com recurso, justificando ausências em seleções anteriores, vai de 5 a 9 de dezembro, e a lista final de inscritos no Vestibular Indígena 2026 será publicada no dia 12 de dezembro.
As provas
O exame será realizado no dia 11 de janeiro de 2026 em Campinas (SP), Campo Grande (MS), Recife (PE), Santarém (PA), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tabatinga (AM). A aplicação das provas está condicionada a haver, no mínimo, 60 candidatos com inscrições deferidas em cada cidade.
A prova será em língua portuguesa, composta por uma redação e 50 questões de múltipla escolha nas áreas de Linguagens e Códigos (14), Ciências da Natureza (12), Matemática (12) e Ciências Humanas (12). O programa de estudos para a prova já está disponível nos editais, nas páginas da Comvest e da UFSCar.
Os candidatos ao curso de Licenciatura em Música deverão realizar também a Prova de Habilidades Específicas em Música, com o envio eletrônico de vídeos, no período de 3 de novembro a 8 de dezembro pela página do Vestibular Indígena, no site da Comvest.
Os candidatos aprovados serão convocados em até cinco chamadas e as matrículas serão realizadas pela internet, no site da Comvest. Os selecionados para as vagas na Unicamp serão matriculados no Programa Formativo Intercultural para Ingressantes pelo Vestibular Indígena (ProFIIVI), com aulas das disciplinas nas áreas específicas dos cursos escolhidos em período integral. Só depois dessa fase, iniciarão os cursos para os quais foram convocados.
A seleção do Vestibular Indígena está unificada entre Unicamp e UFSCar desde a edição 2022. Na UFSCar, esta é a 19ª edição da modalidade de ingresso para estudantes indígenas e na Unicamp, é a oitava.
Censo
Campinas é a cidade que mais tem etnias indígenas fora das capitais, com um total de 96, seguida de Santarém, com 87, e Iranduba (AM), com 77. Os dados fazem parte do Censo Demográfico 2022 e foram apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no última dia 24 de outubro na Unicamp.
“Campinas é um lugar de grande atração de estudantes indígenas, aqui para a Unicamp, mas também para outras universidades do entorno”, afirmou Marta Antunes, diretora de Pesquisas do IBGE durante a divulgação.
De acordo com o Censo 2022, a população indígena no Brasil subiu de 896.917 em 2010 para 1.694.836 pessoas. O país tem 391 etnias, povos ou grupos indígenas, número 28% maior que o registrado no Censo 2010, quando foram catalogados 305. Entre as etnias mais populosas, estão Tikuna (74.061), Kokama (64.327) e Makuxi (53.446). (Com informações de Juliana Sangion e Tote Nunes/Comvest e portal da Unicamp)
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