Espetáculo ‘OlorumAyé’ volta a Campinas com apresentações gratuitas e roda de conversa

(foto nina pires – divulgação)

O espetáculo “OlorumAyé: Uma História Iorubá”, do grupo Oriki, volta a Campinas neste mês com duas apresentações gratuitas seguidas de rodas de conversa abertas ao público. A primeira será nesta quinta-feira, 13 de novembro, às 19h30, no Auditório Ângelo Rossi, no campus I da PUC-Campinas. O local e data da segunda apresentação ainda será divulgado.

Inspirado nas tradições e mitos da cultura iorubá, o trabalho propõe uma imersão poética nas origens do mundo segundo essa cosmogonia africana. A montagem combina teatro, música e dança em uma narrativa que convida à reflexão sobre ancestralidade, espiritualidade e resistência.

A circulação integra o projeto de pesquisa “A Recepção do Mito e do Rito de um Teatro Negro Contemporâneo”, desenvolvido pela atriz e pesquisadora Ainá Ayofemi de Campos Bento (Ayo Bento), no programa de mestrado em Artes da Cena da Unicamp.

A pesquisa analisa como diferentes públicos recebem e interpretam narrativas do teatro negro contemporâneo — tema que se desdobra na experiência cênica de “OlorumAyé” e nas rodas de conversa que se seguem às apresentações.

Teatro, mito e consciência negra

Em cada sessão, após o espetáculo, o público será convidado a participar de uma roda de conversa com a pesquisadora e o elenco, compartilhando percepções sobre as cenas, temas que provocaram identificação, desconfortos, medos, tabus ou descobertas. “A proposta é criar um ambiente seguro para o compartilhamento de experiências, tanto artísticas quanto pessoais”, diz Ayo Bento.

Além do bate-papo presencial, interessados poderão responder a um formulário on-line com perguntas sobre o espetáculo e questões socioculturais relacionadas. Todas as respostas são opcionais e tratadas com sigilo, conforme os termos de consentimento da pesquisa.

O projeto de pesquisa parte da constatação de que o teatro negro, ao revisitar mitos e ritos afro-brasileiros, provoca diferentes reações no público — da identificação imediata ao estranhamento à rejeição. “OlorumAyé” busca quebrar estigma transformar esse encontro em aprendizado e diálogo.

A iniciativa ganha ainda mais relevância no mês da Consciência Negra, quando se reforça a importância de reconhecer as raízes africanas da cultura brasileira e o protagonismo negro na luta por liberdade e justiça social.

Sobre o Oriki

O grupo Oriki foi idealizado por Ayo Bento, atriz, mulher preta e mestranda em Artes da Cena na Unicamp. O coletivo tem como propósito fortalecer a educação antirracista e valorizar os espaços de resistência da cultura negra por meio da arte.

Integram ainda o grupo Kaetê Okano, homem transmasculino não inário, indígena, ator e antropólogo formado pela Unicamp; Renata de Oliveira, mulher preta, dançarina e doutoranda em Educação também pela Unicamp; Nico Villas Bôas, músico e compositor, formado em Música Popular Brasileira pela mesma universidade. (Com informações de divulgação)

Serviço

Data: 13 de novembro (quinta-feira)
Horário: 19h30
Local: Auditório Ângelo Rossi – PUC Campinas
Endereço: Avenida Cardeal Dom Agnello Rossi, bloco D, Campinas-SP
Ingressos: entrada gratuita
Acessibilidade: arquitetura acessível e Libras durante o espetáculo


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