Adiada votação de abertura de processo que pode cassar vereador acusado de agredir namorada

(foto reprodução – tv câmara campinas)

A votação do pedido de abertura de uma Comissão Processante (CP) na Câmara de Campinas para apurar a conduta do vereador bolsonarista Otto Alejandro (PL), denunciado por agressão e ameaça de morte pela namorada, foi adiada para esta quarta-feira, 19 de novembro. O pedido seria votado na sessão da última segunda-feira (17), que foi encerrada por falta de quórum.

Outros projetos que estavam na pauta também foram adiados e serão incluídos na próxima reunião. Entre eles, propostas do Executivo sobre a atualização da Planta Genérica de Valores (PGV), alterações na legislação do ISSQN e IPTU.

A abertura da CP, pedida por um morador de Campinas no último dia 14, foi defendida na tribuna pelas vereadoras Mariana Conti e Fernanda Souto, do PSOL; Guida Calixto e Paolla Miguel, do PT, e Debora Palermo, do PL, integrantes da Comissão da Mulher, além dos vereadores Wagner Romão (PT) e Gustavo Petta (PCdoB), sob gritos de um grupo de manifestantes pró Otto Alejandro.

“Lamento que o vereador Otto tenha usado desse expediente, de pessoas que estão agredindo, gritando para nos silenciar. Mas nós, vereadoras dessa Casa, não vamos nos calar”, afirmou Guida Calixto.

Do mesmo partido que o denunciado, Debora Palermo também criticou o comportamento dos manifestantes e chamou o ato de “show de horrores”. “Vemos mais uma violência contra as mulheres”, disse. Ela pediu providências do PL e lembrou na tribuna outro caso de agressão cometido pelo vereador e que também consta no pedido de abertura da Comissão Processante.

Em boletim de ocorrência registrado em julho deste ano na Polícia por dano e ameaça, o parlamentar é acusado de ter atirado uma pedra e quebrado o vidro de um ônibus, ter ameaçado o motorista de morte e quebrado seu celular. No documento consta ainda que ele aparentava estar embriagado.


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