Reintegração de posse ameaça acolhimento de mulheres na Ocupação Maria Lúcia Petit

Assembleia de mobilização contra o despejo (reprodução – instagram)

A Ocupação Maria Lúcia Petit Vive!, que acolhe mulheres vítimas de violência em Campinas, recebeu um novo mandado de reintegração de posse e corre mais uma vez o risco de ser despejada e ficar sem um espaço para atendimento. Atualmente, o acolhimento é feito em uma casa no Parque Industrial.

Caso o imóvel não seja desocupado, o documento expedido pela 3ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo prevê “arrombamento, reforço da Guarda Municipal e Polícia Militar, remoção de bens e colocação de barreiras físicas”.

“A prefeitura de Dário Saadi mostra mais uma vez que prefere que imóveis fiquem abandonados, contribuindo para a especulação imobiliária”, afirma o Movimento de Mulheres Olga Benário.

Em fevereiro deste ano, o Movimento teve de deixar a casa que ocupava desde 2023 na Rua Delfino Cintra, no Centro da cidade. Na época, a Prefeitura informou que faria a cessão de um novo imóvel para que o serviço pudesse continuar atendendo.

“Desde que ocupamos o imóvel que foi prometido e não cumprido pela prefeitura para a Ocupação Maria Lúcia Petit Vive! atendemos mulheres vítimas de violência, realizando reuniões, atividades culturais, oficinas etc. Mesmo assim a prefeitura entrou com o pedido de reintegração de posse”, afirma o Olga Benário.

O Movimento, que tem denunciado em suas redes sociais também ter sofrido diversos ataques desde que ocuparam o imóvel no Parque Industrial, realizou uma assembleia nesta segunda-feira, 6 de outubro, com trabalhadoras, movimentos sociais e apoiadores da Ocupação Maria Lúcia Petit Vive! para definir ações de mobilização contra a reintegração e divulgará em breve as atividades em sua rede social.


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