Tarcísio promete manter crise institucional do Brasil iniciada por Bolsonaro

(imagem de vídeo – reprodução)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez sua primeira promessa como pré-candidato à Presidência da República. Para obter o apoio do clã bolsonarista, Tarcisio prometeu manter a democracia brasileira em crise institucional criada desde o governo Bolsonaro.

Tarcísio ao discursar no ato da Avenida Paulista confrontou a legitimidade do STF e disse que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como [Alexandre de] Moraes”, inventando que há uma ‘ditadura de toga’.

Tarcísio de Freitas “queimou as pontes” com o Supremo Tribunal Federal (STF) ao fazer um discurso radicalizado durante manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, neste domingo (7), segundo ministros da Corte. Durante o evento, ele se mostrou alinhado com a narrativa da extrema-direita de provocar crise institucional e não reconhecer o STF. Tarcísio deixou a postura de moderado que vinha apresentando.

“Não há no Brasil ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos”, rechaçou o ministro Gilmar Mendes. Ele ressaltou que o 7 de setembro, Dia da Independência, é ocasião para reforçar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições como faz Tarcísio, mas do seu fortalecimento.

O governador de São Paulo já havia virado alvo de uma representação protocolada no Ministério Público paulista por suspeita de improbidade administrativa. O pedido de investigação foi apresentado pelo deputado estadual Paulo Fiorilo (PT-SP), que acusa o chefe do Executivo paulista de usar recursos públicos para custear uma viagem a Brasília, nos dias 2 e 3 de setembro, em que teria atuado para articular um projeto de anistia aos golpistas de 8 de janeiro, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.


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