Diálogo global: 36ª Bienal de São Paulo abre com obras de 120 artistas de todo o mundo

Instalação de Tanka Fonta (levi fanan – fundação bienal)

Em São Paulo – A 36ª Bienal de São Paulo abre ao público neste sábado, 6 de setembro, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, trazendo obras de mais de 120 artistas e um programa que se espalha também para outros espaços da cidade e do mundo. A mostra, com entrada gratuita, marca o encerramento de um ciclo de um ano e meio de encontros curatoriais em diferentes países, que incluíram debates, performances e rituais realizados em Marrakech, Guadalupe, Zanzibar e Tóquio.

Com conceito de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, ao lado de Alya Sebti, Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza, Keyna Eleison e Henriette Gallus, a edição tem como inspiração o poema “Da Calma e do Silêncio”, de Conceição Evaristo, e tem como título “Nem Todo Viandante Anda Estradas – Da Humanidade como Prática”, formado por versos da escritora.

A exposição adota a metáfora do estuário como símbolo de encontro e coexistência e se organiza em seis capítulos interligados, que tratam de pertencimento, memória, resistência, deslocamentos, cuidado, transformação e beleza em pinturas, esculturas, instalações, vídeos, escrita e música.

Entre os destaques, estão trabalhos feitos com pedras, raízes, pigmentos naturais e materiais reaproveitados, esculturas que reconstroem narrativas silenciadas, instalações sobre migrações e performances ligadas a práticas de cura e cosmologias plurais. Algumas obras vão se transformar ao longo dos quatro meses de mostra – uma a mais do que as edições anteriores -, em diálogo com a ideia de mudança constante.

Casa do Povo

Além do Pavilhão, a Bienal conta com o programa “Afluentes”, na Casa do Povo, com curadoria de Benjamin Seroussi e Daniel Blanga Gubbay, e com a mostra de filmes “Fluxos de Imagens – Imaginários”, em parceria com a Cinémathèque Afrique, que terá sessões em São Paulo e em Marselha (França).

Outro ponto inédito é o projeto “Aparições”, que usa realidade aumentada para espalhar fragmentos das obras em locais como o Parque Ibirapuera, margens do Rio Congo e cidades na Ásia e nas Américas, acessíveis pelo aplicativo da Bienal.

A programação pública, chamada “Conjugações”, reunirá debates, performances e encontros em parceria com instituições de diversos continentes, enquanto o programa editorial terá distribuição gratuita no Brasil e circulação internacional.

Com essa edição, a Bienal reafirma seu papel como espaço de atravessamentos e diálogos globais. “A mostra se estrutura como uma travessia, onde vozes e memórias vindas de diferentes margens se encontram e se transformam”, resume o texto curatorial.

Serviço

Data: 6 setembro a 11 janeiro de 2026
Horário: terças, quartas, quintas, sextas e domingos das 10h às 18h (última entrada às 17h30), e sábados das 10h às 19h
(última entrada às 18h30); a exposição estará aberta na sua primeira segunda-feira, 8 setembro, das 10h às 18h
Local: Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera, Portão 3,
São Paulo-SP
Ingressos: entrada gratuita
Programação completa: acesse em 36.bienal.org.br/agenda


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