Nunca antes na história, pessoas saem de verde e amarelo para defender taxação dos EUA

(foto cadu pinotti – ag brasil)

Nunca visto na história deste país, pessoas de verde e amarelo defendendo os EUA contra o Brasil. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que articulou junto com seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) uma taxação de 50% dos EUA às empresas brasileiras, além de sanção a Alexandre de Moares, ocuparam cerca de duas quadras da Avenida Paulista, entre a Fiesp e o Parque do Trianon, na tarde deste domingo (3). Apesar do baixo número de participantes em vários locais do país, marcou novamente as contradições do discurso da extrema direita brasileira.

Uma espécie de patriotismo vira-lata, manifestantes defendem a anistia ao ex-presidente e aos condenados pelos atentados e crimes de 8 janeiro, apoiam as tarifas contra o Brasil anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pedem o impeachment e a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Contra a taxação dos super-ricos pelo Brasil, manifestantes são a favor da taxação dos EUA que prejudica empresários, agronegócio e trabalhadores.

O protesto na Avenida Paulista contou com bandeiras dos Estados Unidos e cartazes de apoio ao presidente Donald Trump, pelas sanções contra Moraes e pelas tarifas de 50% anunciadas para pressionar o Brasil. Aliado de Bolsonaro, Trump diz que o judiciário brasileiro persegue o ex-presidente e chama de caça às bruxas o processo em curso no STF.

O ato em São Paulo foi organizado por políticos de direita e religiosos apoiadores do ex-presidente, como o pastor Silas Malafaia, da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Houve manifestações semelhantes em outras cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro e Brasília. Além de muitas bandeiras e camisas do Brasil, o ato também foi marcado por bandeiras dos Estados Unidos.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, o atentado foi o ápice da trama golpista coordenada desde meados de 2021, quando teve início um ataque deliberado às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral que se estendeu ao longo da campanha e após as eleições de 2022.

No próximo mês de setembro, a Primeira Turma do STF deve decidir se o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados serão condenados por essa tentativa de golpe. Eles são os réus do núcleo central da organização criminosa apontada pela PGR.

estimativa do número de manifestantes na Avenida, que já estava interditada para o tráfego de veículos por conta do evento. (Com informações da Agência Brasil)


Discover more from Carta Campinas

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Comente