(Imagem Divulgação: Coletivo Circo no Beco)
Referência em seu trabalho de transformação social por meio do teatro de rua há 22 anos, o Coletivo Circo No Beco está de volta à cena com “Os Tolos”, espetáculo livremente adaptado a partir do texto “Os Cegos”, do dramaturgo belga Michel Ghelderode (1898-1962).
A montagem estreia dia 17 de agosto, às 16h, em Campinas (SP), na Sala dos Toninhos – Estação Cultura (R. Franciso Teodoro, 1050 – Vila Industrial), dando início a uma itinerância com 10 apresentações gratuitas em oito cidades do estado de São Paulo.
A adaptação é assinada pela diretora artística Gabi Winter e por André Schulle – que também está no elenco, ao lado dos atores Julia Bertollini, Luiz Felipe Choco e MariadaGloria. O cenário é de Jr. Eliseu, com figurinos de Marian Hernandes, trilha sonora de Danilo Rodrigues e Danielle Siqueira e adereços de Lúcio Maia, também coordenador geral do projeto.
A cegueira da alma é o mote da encenação, que preserva a estrutura dramatúrgica e a moral da história do original, escrito em 1933, mas ainda atual ao se utilizar da metáfora para retratar a condição humana em relação à falta de percepção e discernimento diante dos desafios e realidades da vida.
Para acentuar a relação do texto com o presente, o coletivo utiliza também elementos contemporâneos, especialmente voltados para o público adolescente. Assim, temas como as redes sociais, os web gurus, a busca pela fama, a falta de informação e o compartilhamento de conteúdo muitas vezes irrelevante, apenas pela necessidade em mostrar algo, entre outros, surgem durante a narrativa.
Por se tratar de um espetáculo de rua e que reúne artistas de um coletivo circense, “Os Tolos” também faz uso de recursos como malabares, acrobacias e, principalmente, a palhaçaria como linguagem expressiva, além de dialogar com a cultura do funk e do hip-hop. Após a estreia em Campinas, a montagem passará também por Campinas, São Paulo, São Bernardo do Campo, Mongaguá, Mogi das Cruzes, Ubatuba e Valinhos.
O projeto é realizado com apoio da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB); do Programa de Ação Cultural – ProAC, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo; do Ministério da Cultura e do Governo Federal
Sinopse
Três personagens, totalmente deslocados da realidade, partem em busca de uma terra prometida: Cidade Utópica, a cidade onde tudo é possível. No caminho se perdem e encontram Lamparina, que vive na realidade e lhes indica que estão em busca de nada, de uma cidade que sequer existe e, portanto, deviam ir atrás de algo realmente importante e verdadeiro. Mas o grupo não lhe dá crédito e parte em direção ao desconhecido.
Sobre o Circo no Beco
Há 22 anos, o Coletivo Circo no Beco constrói sua trajetória nas ruas e becos de São Paulo, levando alegria, arte e oportunidades para quem mais precisa. O que começou como um grupo de artistas apaixonados por circo virou uma verdadeira rede de transformação social, unindo palco, educação e ação comunitária de um jeito único.
Desde 27 de março de 2003, o coletivo realiza às segundas-feiras o Encontro Paulista de Malabares. É o point dos artistas de rua – dos iniciantes aos mais experientes – para treinar, trocar ideias e mostrar seu trabalho. Além disso, o coletivo também organiza o Festival de Circo e Artes de Rua, que já está na 16ª edição, com espetáculos que movimentam toda a cena cultural da cidade.
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