
.Por Gleisi Hoffmann.
Os editoriais do Estadão atacam o presidente Lula desde sempre, mas responsabilizá-lo pela ascensão de Jair Bolsonaro ultrapassa todos os limites: da política, da história e até do bom senso.
A eleição de Bolsonaro em 2018 tem tudo a ver com a prisão ilegal de Lula, que o impediu de concorrer quando liderava as pesquisas exatamente por ter governado o Brasil de um modo oposto ao que diz o editorial.
Numa inversão total dos fatos, o jornal chama de “fiscalmente insustentável” um governo que reduziu o déficit primário de 2,3% do PIB em 2023 para 0,01% em 2024; sob um presidente que produziu superávits nos 8 anos dos primeiros mandatos, reduziu a dívida pública de 60% para 38% do PIB e derrubou e manteve na meta a inflação de 12,5% ao ano que havia herdado do governo anterior.
Chama de “economicamente estagnante” a política econômica de um presidente que fez o PIB crescer acima de 3% por dois anos seguidos, o que não acontecia há duas década, e que fez o país crescer em média 4,1% nos dois primeiros mandatos, com recorde de 7,5% em 2010.
Um presidente que tornou o país credor do FMI e acumulou reservas internacionais da ordem US$ 300 bilhões, garantindo até hoje a estabilidade financeira do país.
Acusa de não saber negociar diplomaticamente o único presidente brasileiro convidado para as cúpulas do G-7 (dez vezes), que trouxe para o Brasil a presidência do G-20, fundou o BRICS, fortaleceu o Mercosul, dobrou o fluxo do comércio exterior em oito anos, depois de visitar 80 países, e neste mandato já abriu 400 novos mercados para exportações brasileiras.
Quem buscou a corrosão institucional do país foi Jair Bolsonaro, semeando o ódio e a violência politica, atacando as instituições e tentando um golpe de estado contra a democracia.
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