
O documentário Apocalipse nos Trópicos, da cineasta Petra Costa, e os áudios revelados recentemente pela Polícia Federal mostram de forma inequívoca o poder de manipulação de Silas Malafaia sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Sem saber o que fazer, tanto no documentário quanto nos áudios, Bolsonaro aparece como um títere nas mãos de Malafaia que o conduz para seus interesses em implantar uma Estado Teocrático, em que os autodenominados pastores seriam os aiatolás da República.
No documentário, Silas Malafáia expõe como manipulou Bolsonaro e conseguiu emplacar o “terrivelmente evangélico” André Mendonça no STF. Bolsonaro aparece desistindo da escolha, mas Malafaia o empareda e diz que vai ser sim Mendonça. Veja trecho abaixo.
Já nos áudios agora divulgados pela Polícia Federal, Malafaia afirma que Bolsonaro cometeu um “erro estratégico de alto grau” ao criticar o filho. O pastor diz que o trabalho de Eduardo junto a autoridades americanas e assessores de Donald Trump, argumentando que não havia motivo para tal crítica.
No mesmo áudio, afirma que Bolsonaro deva ser mais seletivo quanto aos veículos de comunicação e horários para conceder entrevistas. Malafaia também aparece falando para Bolsonaro gravar um vídeo para seu público abordando questões como as falas de Donald Trump e as ações relacionadas a Alexandre de Moraes. O pastor menciona ainda a delação de Mauro Cid, caracterizando-a como uma “delação de língua” que deveria ser contestada.
Malafaia orientou Bolsonaro sobre como os filhos deveriam se posicionar publicamente em relação à anistia e às tarifas impostas pelos EUA. Ele também inflava Bolsonaro ressaltando que ele detinha o controle sobre a narrativa e as decisões estratégicas. “A faca e o queijo tá na sua mão ô cacete! E nós não podemos perder isso, pô!..”
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